ATA DA SEPTUAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 25-8-2010.

 


Aos vinte e cinco dias do mês de agosto do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Dr. Raul, Engenheiro Comassetto, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Reginaldo Pujol e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Juliana Brizola, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Aldacir José Oliboni, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 239/09 (Processo nº 5364/09); pelo vereador João Bosco Vaz, o Projeto de Lei do Legislativo nº 104/10 (Processo nº 2388/10); pela vereadora Maria Celeste, o Projeto de Resolução nº 011/10 (Processo nº 1505/10); e pelo vereador Mauro Zacher, os Projetos de Lei do Legislativo nos 151 e 152/10 (Processos nos 3129 e 3130/10, respectivamente). Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 055/10, de autoria do vereador Nelcir Tessaro, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do vereador Bernardino Vendruscolo, no dia de hoje, no Grande Expediente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em homenagem ao Dia do Corretor de Imóveis, às quatorze horas, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício s/nº, do senhor Roberto Maciel Zeni, Gerente de Sustentação do Negócio da Caixa Econômica Federal – CEF –; e Ofícios nos 170 e 171/10, do senhor Valdemir Colla, Superintendente Regional da CEF. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Sexagésima Oitava e Sexagésima Nona Sessões Ordinárias. Após, em face de Questão de Ordem formulada pelo vereador Reginaldo Pujol, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação, neste Legislativo, se Substitutivos. Em continuidade, por solicitação do vereador Nelcir Tessaro, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor José de Alencar Pires, servidor deste Legislativo, falecido no dia de ontem. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Aldacir José Oliboni e João Antonio Dib. Na ocasião, o vereador Sebastião Melo procedeu à entrega, ao senhor Presidente, de exemplar do “Guia do Bairro Independência 2010”, organizado pela Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência – AMABI –, registrando a presença, neste Plenário, do senhor Diônio Roque Kotz, Presidente dessa entidade. Às quatorze horas e vinte e seis minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 161/09 (Processo nº 3619/09), em sua parte vetada, considerando-se mantido o Veto Parcial oposto, por sete votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os vereadores Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Fernanda Melchionna, Juliana Brizola, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon, votado Não os Vereadores Airto Ferronato, Beto Moesch, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulo Marques, Reginaldo Pujol e Toni Proença e optado pela Abstenção o vereador Nelcir Tessaro. Após, o vereador Aldacir José Oliboni formulou Requerimento verbal, solicitando aditamento ao Requerimento nº 069/10 (Processo nº 3120/10), para que na Sessão Solene ali referida fosse entregue o Troféu Câmara Municipal. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 069/10 (Processo nº 3120/10), com o aditamento solicitado pelo vereador Aldacir José Oliboni. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 071/10 (Processo nº 3229/10). A seguir, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelo vereador Reginaldo Pujol, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05 (Processo nº 2267/05). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05 (Processo nº 2267/05), discutido pelos vereadores Luiz Braz, Reginaldo Pujol, DJ Cassiá, Fernanda Melchionna, Engenheiro Comassetto, Toni Proença, Sofia Cavedon, Idenir Cecchim e Dr. Thiago Duarte. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, os vereadores Nilo Santos, Pedro Ruas e Adeli Sell cederam seus tempos de discussão, respectivamente, ao vereador Luiz Braz e às vereadoras Fernanda Melchionna e Sofia Cavedon. Ainda, o vereador Luiz Braz manifestou-se acerca do pronunciamento efetuado pelo vereador Engenheiro Comassetto, na discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, tendo-se manifestado a respeito os vereadores Engenheiro Comassetto e Reginaldo Pujol. Foi votada destacadamente e rejeitada a redação proposta ao § 1º do artigo 9º pela Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por dois votos SIM e dezoito votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato e Pedro Ruas e Não os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Toni Proença. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por dezessete votos SIM e sete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Mario Manfro, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por dezenove votos SIM e três votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Beto Moesch, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores João Bosco Vaz, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por quinze votos SIM e cinco votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores João Bosco Vaz, Luiz Braz, Mario Manfro, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por dezesseis votos SIM e seis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Luiz Braz, Mario Manfro, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por dezenove votos SIM e quatro votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores Luiz Braz, Mario Manfro, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, em sua parte não destacada, por dezessete votos SIM e quatro votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas e Toni Proença e Não os vereadores Luiz Braz, Mario Manfro, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Na ocasião, em face da aprovação da Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, o senhor Presidente declarou prejudicada a Subemenda nº 01 à Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, decisão essa reformada por Sua Excelência após ter-se manifestado a respeito o vereador Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Subemenda nº 01 à Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por onze votos SIM, oito votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Mario Manfro, Nilo Santos, Paulo Marques e Reginaldo Pujol, votado Não os vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção os vereadores Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal e Toni Proença. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 106/05, por vinte e dois votos SIM e dois votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Haroldo de Souza, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 079/10 (Processo nº 1673/10), por vinte e sete votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulo Marques, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Toni Proença. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 011/10 (Processo nº 1538/10), por vinte votos SIM, dois votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Reginaldo Pujol, Luiz Braz e Idenir Cecchim, em votação nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulo Marques, Reginaldo Pujol e Toni Proença, votado Não o vereador Airto Ferronato e a vereadora Fernanda Melchionna e optado pela Abstenção o vereador Carlos Todeschini e a vereadora Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Resolução nº 008/10 (Processo nº 1041/10). Na oportunidade, foi votado Requerimento de autoria da vereadora Fernanda Melchionna, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Resolução nº 008/10, o qual obteve quatro votos SIM e onze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pela vereadora Fernanda Melchionna e pelos vereadores Nilo Santos e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Fernanda Melchionna e João Antonio Dib e Não os vereadores DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Nilo Santos, Paulo Marques, Reginaldo Pujol e Toni Proença, votação essa considerada nula pelo senhor Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Ainda, a vereadora Fernanda Melchionna formulou Requerimento verbal, solicitando informações acerca do número de servidores e estagiários da Câmara Municipal de Porto Alegre. Também, os vereadores Dr. Thiago Duarte, Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Toni Proença, João Antonio Dib, Elias Vidal, Bernardino Vendruscolo, Luiz Braz, Dr. Raul e Haroldo de Souza, manifestaram-se acerca do comparecimento dos senhores vereadores na presente Sessão Ordinária e da possibilidade de realização, no dia de hoje, de reunião conjunta de Comissões Permanentes deste Legislativo. Às dezesseis horas e vinte e seis minutos, em face da inexistência de quórum deliberativo, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 028/10, discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol, Engenheiro Comassetto e Dr. Thiago Duarte. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Dr. Thiago Duarte, Fernanda Melchionna, Bernardino Vendruscolo, João Antonio Dib, este pelo Governo, Reginaldo Pujol, Engenheiro Comassetto e DJ Cássia. Na oportunidade, o vereador Dr. Thiago Duarte solicitou a realização, no dia de amanhã, de reunião conjunta de Comissões Permanentes, tendo-se manifestado a respeito a vereadora Fernanda Melchionna. Ainda, por solicitação do vereador DJ Cassiá, foi efetuada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo, tendo-se manifestado a respeito os vereadores Engenheiro Comassetto e Nilo Santos. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Legislativo nos 150 e 084/10, este discutido pelo vereador Toni Proença, o Projeto de Lei do Executivo nº 027/10 e o Projeto de Resolução nº 023/10. Durante a Sessão, foram registradas as seguintes presenças neste Plenário: de alunos e das professoras Ana Lúcia Silveira, Cláucia Cristina Laux, Marlove Benedotto e Valquíria Zinvelsk, do Instituto Estadual Coronel Genuíno Sampaio, do Município de Sapiranga – RS – , que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo Memorial desta Casa; e do suplente Ismael Heinen. Às dezessete horas e quarenta e nove minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo vereador Idenir Cecchim, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro, Mario Manfro e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, esses projetos que recebem o Substitutivo retornam às Comissões para exame?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, têm que retornar às Comissões para exame.

O SR. REGINALDO PUJOL: Está bem, eu entendo que o Substitutivo é um novo Projeto que tem que ser apreciado, desde o início, inclusive passando pela Procuradoria da Casa.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Com certeza!

Eu comunico aos Srs. Vereadores e às Sras Vereadoras o falecimento do funcionário desta Casa, José de Alencar Pires, o Boca, que trabalhava no Setor de Mimeografia. Solicito a todos que façamos um minuto de silêncio em homenagem ao nosso funcionário.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Comunico também ao Plenário, que, hoje, nós teremos duas Pautas: a discussão preliminar de Pauta e a Pauta Especial, que discutirá o Projeto de Lei do Executivo que altera a Lei nº 10.741, de 18 de agosto de 2009, que dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio de 2010 a 2013.

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico da 68ª e 69ª Sessões Ordinárias. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras; público que acompanha neste momento a Sessão de hoje; utilizo o Tempo de Liderança do PT para falar sobre Saúde pública.

Nós acompanhamos, hoje, uma matéria muito bem apresentada por um jornal da nossa Cidade, a Zero Hora, que enfoca assuntos de extrema preocupação de todos nós gaúchos e gaúchas, porque não também de nós, porto-alegrenses. Essa manchete coloca claramente o que temos falado aqui diuturnamente, que 40% dos atendimentos médicos feitos aqui são oriundos do interior do Estado. E que, durante os últimos dez anos, o Poder Público, em vez de aumentar o número de leitos dos hospitais da Cidade ou dos convênios, reduziu em mais de seiscentos leitos da área hospitalar. Mais do que isso, se nós observarmos quando um cidadão procura uma Unidade de Saúde, além de ele ter dificuldade de acessar esse serviço, ele também, após esse acesso, não consegue consultar com um especialista. Se pegarmos, por exemplo, o Postão da Cruzeiro, que no passado tinha mais de trezentos especialistas, Ver. Toni Proença, hoje nós não temos cinquenta profissionais na área da especialização: urologista, ginecologista, ortopedista, e assim por diante.

O cidadão está com uma enorme dificuldade em acessar o serviço de saúde, por várias razões. Uma delas é que não houve mais concurso público. Uma outra, é que os investimentos na área da Saúde foram reduzindo muito - e eu poderia dizer que nas três esferas do Governo, mas a que mais preocupa é a do Estado -, porque, dos 12% da Peça orçamentária que deveria investir o Estado, investiu, nos últimos anos, Ver. João Antonio Dib, 4%; apenas quatro por cento!

Nós percebemos nesta semana, em Porto Alegre, que todas as emergências dos hospitais estão lotadas. Todas estão lotadas! O cidadão, ao não conseguir acessar à consulta na Unidade de Saúde, vai para a emergência de um hospital, e, ao chegar à emergência de um hospital, o atendimento é praticamente desumano, onde o cidadão fica até - e aqui está uma matéria para comprovar isto (Mostra documento.) - dez horas esperando para um atendimento médico.

Nós, Vereadores de Porto Alegre, não podemos ficar calados; temos que nos indignar junto com a população e dizer que o Poder Executivo, tanto Federal, Estadual como Municipal, tem que possibilitar mais investimentos na área da Saúde. Se ele não consegue resolver o problema, tem que buscar parceiras, parcerias com entidades que têm credibilidade, parcerias com clínicas que têm credibilidade e que possam, nesse momento de crise, atender à demanda existente.

Não é por acaso que nós falamos seguidamente sobre o aumento do número de jovens envolvidos com a drogadição, mas o Poder Público não aumenta os atendimentos, seja no momento da desintoxicação, seja no momento da continuidade do tratamento. É possível criar possibilidades de humanização, de atendimento a essas pessoas, porque, senão, todos os políticos caem num conceito desagradável junto à sociedade. Nós percebemos que, muitas vezes, a população está indignada, Ver. DJ Cassiá, com muita razão, porque os recursos e as possibilidades de atendimento médico continuam sempre as mesmas e, às vezes, resta aos Prefeitos apenas uma única coisa: comprar uma ambulância, uma UTI móvel para levar o cidadão aos grandes centros. E, assim mesmo, os jogam lá nas emergências para esperar que aquela unidade hospitalar os atenda com mais dignidade, mas não atacam o próprio Poder Público que deveria investir mais e aportar mais recursos para aumentar as possibilidades de atendimento nessas Unidades de Saúde. Nós precisamos aprovar a PEC 29, nós devemos aprovar os mutirões de emergência, nós precisamos aprovar muitas coisas boas, e elas devem acontecer nas três esferas de Governo.

Por isso não estou fazendo a minha colocação olhando a Bancada do PT, não estou eximindo nenhuma Bancada; mas faço um apelo, um apelo que é da população, porque diuturnamente nós somos abordados sobre esse tema, e cabe a nós enfocarmos este assunto, seja aqui na Câmara, seja na Assembleia Legislativa, seja no Congresso Nacional. Em nome da humanização, nós queremos mais atendimento...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, com a sua permissão e a dos demais Vereadores, encontra-se presente conosco o Presidente da AMABI, o Sr. Diônio, que representa uma comunidade enorme do bairro Independência, informo que ontem estive numa reunião com ele, em que estavam entregando o guia. Pediu-me que eu entregasse um para V. Exª; já fiz a entrega a todos os Vereadores. Eu queria cumprimentá-lo pela beleza extraordinária, de ter feito o mapa do bairro Independência. Então, fica aqui o registro, e agradeço a sua atenção.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, Ver. Sebastião Melo. Seja bem-vindo, Diônio; quero dizer que este guia é muito importante. Eu estava analisando, justamente, porque aqui ele sinaliza os locais mais importantes do Bairro, bem como todo o traçado das ruas desse Bairro tão lindo de Porto Alegre.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, aqui no Brasil há muitos herdeiros de Getúlio Vargas; neste Plenário também há, e não vi ninguém se pronunciar em razão da data de ontem. Poderia ter sido feita uma Sessão Solene, como ao longo dos anos foi feito, ou então poderia ter havido um pronunciamento, no dia 23, ou até a manifestação da Carta Testamento, que parece que neste ano não aconteceu. Então, eu quero ler, já li uma vez, vou ler de novo, o texto do jornalista Sérgio Jockymann, feito algumas horas após a morte do grande estadista Getúlio Vargas (Lê.): “Há um homem pelas ruas. Muitos estiveram junto dele e não o viram. Muitos tocaram suas mãos e não o sentiram. Muitos desejaram suas palavras, mas não o ouviram. Muitos juram que ele não existe, mas há um homem pelas ruas. Ele estava na frente do povo na terça-feira. Ele subiu também as escadas, comandando a revolta. Ele rompeu as portas, ele destruiu e queimou junto com o povo. Muitos falavam no seu nome, mas ninguém o viu. Quando muitos choravam, eram dele as palavras de consolo. Só ele sabia que a revolta também era um pranto. Só ele sabia que aquele povo que depredou e destruiu estava apenas à procura de justiça. Há um homem pelas ruas. Um homem que sabe que foi melhor trocar fogo e destruição por sangue e sacrifício. Onde estava ele? Andou pelas favelas de Recife, pelas ruas estreitas de São Luiz, pelo asfalto do Rio, pelos arranha-céus de São Paulo, pelas ruas de Porto Alegre. Quando o povo recuava diante dos fuzis e das baionetas, ele sorria. Há um homem pelas ruas que não teme metralhadoras, que não teme fuzis, que não teme baionetas. Ele estava na mira de todas as armas, mas inatingível para todas elas. Passou com um sorriso pelos tanques e com um sorriso tocou o cano das metralhadoras. Detiveram o povo com fileiras de soldados, mas ele passou incólume por elas.

Há um homem pelas ruas que não poderá mais ser preso ou sacrificado. Cautela com ele. Ele deverá votar em todas as urnas do Brasil. Mesa por mesa, secção por secção. Seus votos se multiplicarão e são uma garantia de vitória.

Há um homem pelas ruas que vai ser o mais votado do Brasil. Embora as leis eleitorais o proíbam, ele será candidato milhares de vezes para milhares de postos. Seu nome figura nas listas de candidatos à Assembleia Legislativa, mas também nas listas de candidatos à Câmara Federal. Ele é candidato a todas as cadeiras do Senado, a todos os governos estaduais do Brasil. Não há máquina política, nem publicidade ciclópica que o possa vencer.

Há um homem pelas ruas que vai transformar as eleições de outubro. Os que o conhecem dizem seu nome com devoção, e não há propaganda que possa mais que esse sentimento.

Há um homem pelas ruas acima das leis, acima dos regulamentos. Ele vai despertar um por um daqueles que um dia ouviram seu nome. E muitos daqueles que desgostaram seu nome passarão a venerar sua memória. Nenhum cabo eleitoral distribuirá tantas cédulas quanto ele. Entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, entre jovens e velhos, estará o seu nome. Ainda existirá alguém que o persiga. Mas, por mais que procure, por mais que busque e investigue, não o encontrará.

Cerrarão as portas, e assim mesmo ele entrará. Deixarão guardas, mas assim mesmo ele passará. Dirão e escreverão que ele não é bom, mas ninguém acreditará. E, durante muitos anos, aqueles que veneram o seu nome terão o poder e a glória”.

 

(Encerrado o tempo regimental.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu solicitaria que me permitisse terminar esta leitura.

 

(O Sr. Presidente concede a permissão.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: “Muitos baterão no peito e dirão: eu fui seu amigo. Mas ele desvendará as intenções, e todos os seus saberão que aqueles mentem. Embora ele sorria, os seus inimigos tremerão. Ele deitou a confusão entre os que o procuravam e combatiam. E, quando disseram: ele não mais existe, ele os destruiu.

Há um homem pelas ruas. Muitos poderão falar e aconselhar, pedir e admoestar, mas só ele poderá dar ou tirar a ordem e a tranquilidade. Não há bala que o atinja, não há calúnia que o fira. Virão novos Presidentes, mas ele será o único existente.

Muitas vidas passarão, mas ele não perecerá. Há um homem pelas ruas além da vida, além da morte, além do tempo. Há um homem que descerrará os portões dos quartéis e sem uma palavra desarmará as mãos que se erguerem contra ele.

Há um homem pelas ruas mais forte que exércitos, mais forte que leis, mais forte que os Partidos, mais forte que laços de sangue, que sentimentos de pátria. Chamava-se Getúlio Dornelles Vargas, hoje não se chama mais. Pode ter errado, pode ter caído não uma, mas várias vezes, pode ter feito tudo o que dizem, tudo o que ainda dirão, mas nada disso importará.

Há um homem pelas ruas que se chamava Getúlio Dornelles Vargas, mas hoje não se chama mais. Os que procuram um nome poderão dizer que ele é: revolta, justiça, ideal, ação ou qualquer outra palavra. Mas, embora podendo ser tudo que dizem, na verdade, não o é. Os que o adoram, os que simpatizam com ele, os que o lamentam, os que se apiedam dele não o vão recordar por ter sido Getúlio Dornelles Vargas, não por ter sido Presidente do Brasil, não por ter sido chefe de Partido, não por ter sido líder de qualquer coisa, mas simplesmente por ter sido um homem.

Há um homem pelas ruas... Mais forte que o tempo, mais forte que a vida. Um homem que se chamou Getúlio Dornelles Vargas, mas que hoje não se chama mais. Chama-se apenas ‘um homem’”.

Sou grato, Sr. Presidente, pela cessão de tempo, e, realmente, Getúlio Vargas era um estadista, quando o mundo ainda tinha estadistas. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3619/09 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 161/09, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que altera os arts. 2º e 3º da Lei nº 7.955, de 8 de janeiro de 1997 – que dispõe sobre o fornecimento, por parte dos motoristas de táxi do Município, de recibo de prestação de serviço ao usuário de táxi –, dispondo sobre a padronização, a confecção e a distribuição de talonários desses recibos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela rejeição do Veto Parcial;

- da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela manutenção do Veto Parcial;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elias Vidal: pela manutenção do Veto Parcial.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 19-08-10 (quinta-feira).

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 161/09 com Veto Parcial. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 161/09 com Veto Parcial. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o Projeto por 07 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Mantido o Veto.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 069/10 – (Proc. nº 3120/10 – Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene, no dia 9 de novembro, às 19 horas, destinada a assinalar o transcurso do 75º aniversário do Grupo Zaffari no Rio Grande do Sul e 50º aniversário em Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento nº 069/10, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.)

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Nobre Presidente, aproveito a oportunidade para requerer, uma vez que foi encaminhado também pelo Ver. Nedel e por mim, que seja incluída, nesta data, a entrega do Troféu Câmara Municipal, que já foi aprovado por esta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Então, com o acréscimo, na mesma Sessão Solene, da entrega do Troféu Câmara Municipal, em votação o Requerimento nº 069/10, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 071/10 – (Proc. nº 3229/10 – Mesa Diretora) – requer que o período de Comunicações do dia 02 de setembro de 2010 seja destinado a assinalar a Semana da Pátria.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento nº 071/10, de autoria da Mesa Diretora, que requer que o período de Comunicações do dia 2 de setembro de 2010 seja destinado a assinalar a Semana da Pátria. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Requerimento nº 071/10.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2267/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/05, de autoria das Vereadoras Manuela d’Ávila e Sofia Cavedon, que institui o Programa de Transporte Escolar Municipal Gratuito – Vou à Escola –, no Município de Porto Alegre, para alunos do Ensino Fundamental e Médio matriculados nas escolas municipais e estaduais, e dá outras providências. Com Emendas nos 01 a 05. Com Subemenda nº 1 à Emenda nº 5.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 01 e 03, e pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 02; Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 04, e pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº 05 (empatado);

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela rejeição do Projeto e das Emendas nos 01 a 05;

- da CUTHAB. Relator Ver. Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 e 03, e pela rejeição da Emenda nº 02; Relator Ver. Nilo Santos: pela rejeição das Emendas nos 04 e 05;

- da CECE. Relatora Verª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 a 03; Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação das Emendas nos 04 e 05;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 a 03.

 

Observações:

- discutiram a matéria os vereadores S. Cavedon, F. Melchionna, A. Ferronato e C. Todeschini, em 08-02-10;

- adiada a discussão por duas Sessões;

- reincluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 05-07-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 106/05, de autoria das Vereadoras Manuela d’Ávila e Sofia Cavedon. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Exatamente em função da sua informação, Vereador, eu observo que, na Comissão de Direitos Humanos, o Parecer é pela aprovação do Projeto - exarado ainda pela nossa ex-colega Margarete Moraes - e das Emendas nºs 01 a 03; não há Parecer da Emenda nº 04, da Emenda nº 05, nem da Subemenda.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Só um minutinho, Vereador. Houve, sim; depois o Ver. Tarciso Flecha Negra apresentou o Parecer pela aprovação das Emendas nº 04 e nº 05.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: O Ver. Tarciso Flecha Negra não pertence a essa Comissão.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Pertencia, na época, a essa Comissão.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Não, ele é da Comissão de Educação, não da Comissão de Direitos Humanos...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): V. Exª está falando da CEDECONDH?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: É, CEDECONDH.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vamos verificar se as Emendas foram... A CEDECONDH aprovou as Emendas de nº 04 e nº 05.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): E Subemenda nº 01 à Emenda nº 05. Não há Parecer, eu estive olhando o Processo, e não há Parecer. Tem que voltar para a Comissão.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereador, a Diretoria Legislativa me informa que o Projeto está em discussão pelo art. 81. Assim, interrompeu a apreciação das duas Emendas.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vereador, então eu peço a V. Exª, para eu não ser mais inoportuno com a Mesa, que coloque certo aqui, porque, se tivesse colocado aqui que estava por força do art. 81...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Já está aqui (Lê.): “Reincluído na Ordem do Dia por força do art. 81...”.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Onde?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Na outra folha, na sequência, tem que virar a folha, Vereador.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Foi entregue a mim o PLL nº 106/05, de autoria das Vereadoras Manuela d’Ávila e Sofia Cavedon, que institui o Programa de Transporte Escolar Municipal Gratuito - Vou à Escola, no Município de Porto Alegre, para alunos do Ensino Fundamental e Médio, matriculados nas escolas municipais e estaduais...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não, na outra página, vire a página, por favor. É na sequência, onde diz que já discutiram, e, depois, na sequência, diz (Lê.): “Adiada a discussão por duas Sessões; reincluído na Ordem do Dia por força do art. 81”.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Fico grato a Vossa Excelência. Está correto; é que olhei somente a primeira página.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Vereador-Presidente, Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores; Verª Sofia Cavedon, com quem eu discuti várias vezes este Projeto; Ver. Mauro Zacher, este é um Projeto extremamente simpático, porque, afinal de contas, ele dá transporte gratuito às crianças que não podem ir à escola, mas é extremamente inconstitucional. Eu, por isso mesmo, na Comissão de Justiça, me manifestei contrariamente a ele.

Acontece que a Verª Sofia Cavedon acabou conversando com a Secretária de Educação do Município, e veio, aqui, um representante da Secretária de Educação, que fez as negociações com a Verª Sofia Cavedon. A Verª Sofia, com o aval do representante da Secretária, disse que tudo estava aceito, que poderia ser assim, que poderia tramitar assim. E eu apontei um defeito, Ver. Pujol, que seria insanável, mesmo com o aval do representante da Secretária de Educação, que era uma determinação para que o Estado também participasse. Ora, nós aqui, Vereadores, legislarmos determinando alguma coisa para o Estado, além de inconstitucional, fica impossível, completamente. Nem com o aval do representante da Secretária de Educação, eu não conseguiria vencer esse defeito.

Aí, a Verª Sofia aceitou que nós colocássemos um destaque a esse parágrafo que fazia esse mandamento para o Estado, a fim de que nós o retirássemos. Até porque existem dois parágrafos nesse artigo; um deles já é mais do que suficiente para que o caput possa ser totalmente compreendido.

Então, Ver. Pujol, V. Exª que é da Comissão de Justiça, que zela sempre para que projetos inconstitucionais não tramitem, este, que estamos votando neste instante é um daqueles projetos extremamente inconstitucionais. Ele faz um programa, ele determina todo um quadro que será estabelecido, dentro do qual será possível o Programa, mas, pelo que estou sabendo, o representante da Secretaria de Educação do Município já concorda com tudo, e quer que seja assim.

Então, vou votar a favor desse destaque, de acordo com aquilo que conversei com a Verª Sofia.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Braz, V. Exª é um Vereador que acompanha a Cidade há tantos anos e esclareceu muito bem a situação. Alguém precisa pagar por isso. Não é isso?

O SR. LUIZ BRAZ: Com certeza!

 

O Sr. Idenir Cecchim: E nós não temos claro quem é que vai pagar. Nós não podemos ficar votando projetos de faz de conta. Ou tem-se consenso... Eu sei que se falou com a Secretária da Educação, mas nós precisamos saber quem é que vai pagar. O Município, certamente, não tem recurso para cumprir isso.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Mas é o Município que vai pagar.

 

O Sr. Idenir Cecchim: Sem dúvida é o Estado; mas e se o Estado não pagar?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Não é o Estado, é o Município!

 

O Sr. Idenir Cecchim: Então, acho que precisamos esclarecer melhor de onde sairão esses recursos.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Aqui é o Município que paga. É por isso que eu quis ouvir antes a Secretária da Educação.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Braz, explique-me onde é que está escrito que o Município é que vai pagar.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Nos mandamentos iniciais, já se tem essa certeza; quando se institui o Programa de Transporte Gratuito, se tem aqui que é para as crianças que não têm recursos.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: Da Rede Municipal?

 

O SR. LUIZ BRAZ: É claro, da Rede Municipal. Nós só podemos legislar na Rede Municipal. Eu não posso legislar na Rede Estadual.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: Mas para isso, não precisa lei; já existe isso, Vereador.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Mas acontece que...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz continua com a palavra para discutir o PLL nº 106/05, por cedência de tempo do Ver. Nilo Santos.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Eu agradeço ao meu querido amigo Ver. Nilo Santos. Ver. Pujol, se V. Exª quiser continuar dialogando...

 

O Sr. Reginaldo Pujol: Vereador, V. Exª já tinha apanhado o meu aparte. A lei já autoriza isso. Isso já ocorre, não há necessidade da lei. É lei inócua, então.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Acontece o seguinte, a Verª Sofia, nesse Programa, cria também um grupo: a Comissão Coordenadora do Programa do Transporte Escolar Gratuito. Essa Comissão será composta pela Corregedoria dos Conselhos Tutelares, do Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente, do Conselho Municipal de Educação, de entidade de representação dos estudantes; para mim, a criação dessas estruturas só pode ser através do Executivo. Por isso é que eu disse que este Projeto, para mim, é inconstitucional. Só que, imagine V. Exª, que ele está sendo negociado - e eu vi aqui o representante da Secretaria da Educação - com a Secretaria Municipal da Educação. Por isso é que eu aceitei o Projeto da Verª Sofia, desde que ela aceitasse, é claro, que eu retirasse aquela parte que é a mais inconstitucional, que é a parte que fala sobre a ordem que nós damos para o Estado, para que o Estado também participe. Então, a Verª Sofia aceitou que nós tirássemos isso, eu aceitei também - já que existe uma negociação com o Município - que votássemos favoravelmente. Agora, é claro, como nós discutimos aqui muitos programas, sempre vem, por parte da Procuradoria da Casa, a impossibilidade de estabelecermos programas, principalmente quando criamos as estruturas, porque só se cria estrutura, de acordo com a Lei Orgânica do Município, para projetos que venham do Executivo. Mas a Verª Sofia, no seu Projeto, está criando estruturas, que estão sendo aceitas pela Secretaria.

Então, Verª Sofia, se V. Exª quiser fazer alguma correção naquilo que eu estou colocando na tribuna, por favor, estou à disposição de Vossa Excelência.

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Braz, não a V. Exª, é que o Ver. Pujol está entendendo, pela sua fala, que a parte do Ensino Médio também será paga pelo Município. Então, eu queria ajudar e deixar claro que a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira, inclusive modificada no ano passado em função da obrigatoriedade do Ensino Médio, pois será obrigatório estar na escola até os 16 anos, até 2016, mudou, determinando que os Estados financiem o transporte escolar.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Verª Sofia, o que eu quero falar para o Ver. Pujol é que não é através desse Projeto de Lei que nós estamos fazendo isto. Nós estamos aqui fazendo uma legislação para as nossas escolas.

Acontece que, Ver. Pujol, a Verª Sofia cria aqui toda uma estrutura, para que o Programa Vou à Escola funcione. Eu estou dizendo que nós não poderíamos, de acordo com a Lei Orgânica do Município, criar, através de um Projeto de Lei do Município, as estruturas, mas a Verª Sofia acertou isto com a Secretaria. Então, realmente, eu fico sem ter o que dizer.

Mas eu tenho a minha palavra empenhada com a Verª Sofia no sentido de que, como ela aceitou o Destaque retirando a parte do Estado, eu vou votar favoravelmente ao seu Projeto. Ela tem a minha palavra, e eu vou cumpri-la.

 

A Srª Sofia Cavedon: Ver. Braz, apenas mais uma observação: eu não estou criando estrutura nova, nós estamos tornando Lei um Programa que existe há dez anos, que já tem estrutura, estendendo para o Médio, com o Município dando acordo de que a mesma estrutura poderá atender aos alunos do Médio, a partir de convênio com o Estado, que pagará essas passagens do Médio.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Verª Sofia, quando V. Exª coloca aqui, de acordo com artigo 6º, a criação da Comissão Coordenadora do Programa de Transporte Escolar, V. Exª está criando uma estrutura, Verª Sofia, com certeza, mesmo que ela não estivesse ainda constando em lei; agora V. Exª está colocando na lei.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Comunicamos que estão presentes no plenário desta Câmara, participando do Projeto Visita Orientada, 36 alunos da 1ª Série do Ensino Médio do Instituto Estadual Coronel Genuíno Sampaio, da cidade de Sapiranga, acompanhados pelas Professoras Ana Lúcia Silveira e Cláucia Cristina Laux. Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial desta Casa desenvolve com as escolas, com a finalidade de fazer com que os estudantes consigam aprimorar-se e conhecer as verdadeiras atividades dos Legislativos, o que os Vereadores fazem em suas cidades, ou seja, tanto aqui em Porto Alegre, na Câmara Municipal de Porto Alegre, como poderão acompanhar e comparar lá na Câmara Municipal de Sapiranga. Sejam bem-vindos; muito obrigado pelas presenças dos estudantes e das professoras que estão presentes hoje.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, diz bem a autora do Projeto, Verª Sofia Cavedon, que está claro - especialmente através da Emenda nº 05, que foi assinada por ela e pelo Ver. Comassetto, como Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores - que o Município de Porto Alegre realizará convênio com o Estado do Rio Grande do Sul para fins de financiamento das despesas decorrentes da execução desta lei no que diz respeito aos alunos do Ensino Médio, mantendo com dotação orçamentária própria o programa do Ensino Fundamental. A Vereadora, corretamente, esclarece isso. Alias, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 05, das Vereadoras Maristela Maffei e Juliana Brizola, diz somente o seguinte: “Art. 9º, § 1º - As despesas oriundas do financiamento do Programa Vou à Escola para os alunos do nível médio serão integralmente financiadas pelo Estado do Rio Grande do Sul, conforme determinação constitucional; § 2º - Mediante convênio, o Município de Porto Alegre assumirá as ações de execução e fiscalização do Programa Vou à Escola no nível do Ensino Médio, desde que estas despesas sejam [Ver. Braz] financiadas pelo Estado do Rio Grande do Sul”.

Posteriormente, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 05, da Verª Maristela Maffei, diz: “Art. 9º, § 3º - Não ocorrendo a realização do convênio com o Estado, o Município desobrigar-se-á da realização do Programa para o Ensino Médio”.

Então, eu acho, Ver. Dib, que está muito claro: a Verª Sofia, de uma forma muito correta, muito lisa, diz o que ela quer. Eu entendo, e o Ver. Braz parece que entende diferente de mim, de que nós não podemos condicionar um programa determinando que o Estado cumpra determinadas normas, ainda que essas possam estar inseridas na Constituição. Não há lei municipal que vai determinar isso, eu nem discuto se está ou não na Constituição de forma clara. Aliás, numa ocasião, eu perguntei para a Verª Sofia: e se não houver a assinatura do convênio? Aí, ela me disse: então nós estamos desobrigados. Então, o que nós estamos fazendo aqui, em última instância, é que tudo que está escrito antes, diz respeito, quase que integralmente, ao que o Município já vem fazendo. A Vereadora, honestamente, diz que está transformando em lei o que já é feito no Município. Então, sem a lei está sendo feito isso! Há algumas inovações? Há, na constituição dessa Comissão; mas acho que aí invade a competência já estabelecida, e há a inconstitucionalidade. Agora, e a coisa vai mais longe: ao determinar, ao condicionar a finalidade e a execução da finalidade a um convênio a ser celebrado pelo Estado, convênio esse que o Estado não sabe que estamos determinando, nem nós temos condições, Sr. Presidente, de determinar que o Estado faça ou não um convênio. E mais: se o Estado não fizer, fica inócuo o Projeto.

Então, Sr. Presidente, com sinceridade, estou louvando a Vereadora, porque, de uma forma transparente, está colocando o seu Projeto. Acho que é uma posição política dela, a Vereadora tem a ver com a nascente desse Projeto, mas, Ver. Nilo, V. Exª que foi meu companheiro na Comissão de Justiça por vários anos, falece-nos competência para determinar que o Município realize tais e tais tarefas, porque isso é invadir a competência privativa do Estado. E, de outro lado, Ver. João Dib, condicionar o Programa a um convênio com o Governo do Estado, onde está a nossa competência para estabelecer isso? E olhem o final trágico: se o Estado não quiser, babau; a lei ficou inócua! Então...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, imprensa; Verª Sofia, quero lhe dizer aqui que o Projeto, com certeza, é muito bom, eu até conversava sobre isso com o Ver. Comassetto, agora há pouco. Mas, o Ver. Pujol colocou muito bem, pois existem duas mãos nesse Projeto: a questão municipal e a questão estadual. Discutir a questão municipal está dentro daquilo que nos é proposto, pois fomos eleitos para isso. Agora, a questão estadual... Verª Sofia, sou seu parceiro, e, como eu disse, o Projeto é bom! Vamos ter que votar o Projeto hoje, pois já houve vários adiamentos. Eu não sei se podemos adiar o Projeto mais uma vez. Salvo melhor juízo, eu não sei, Sr. Presidente. Pode adiar? Bom, tem a questão das emendas estaduais. Eu não sei se não seria melhor rediscutirmos a questão de algumas emendas - eu olhei rapidamente ali, Vereadora -, e aí, sim, quem sabe, avançarmos na questão do Projeto, em nível de Município.

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sim, Verª Sofia Cavedon; por gentileza.

 

A Srª Sofia Cavedon: Ver. DJ Cassiá, as Emendas visam a sanar todos os problemas de determinação ao Estado. Por que nós estamos fazendo uma Emenda em relação ao Ensino Médio? Porque, hoje, chegar à escola é um grande problema para os jovens, Ver. DJ Cassiá - tu sabes muito bem disso, porque tu trabalhas lá na vila. Eles estão fora da escola, porque eles não têm como vir para o Julinho, para o Paula Soares, e outras escolas. O Município de Porto Alegre tem um programa estruturado e está se dispondo a fazer o Médio, tanto que o Município cancela o Tri: o menino termina a 8ª série e tem o Tri cancelado; e o menino para. O Município já está com um programa que a nossa Prefeitura iniciou, construindo com o Conselho Tutelar, e o Fogaça deu continuidade. O que nós estamos regrando ao transformar em lei? Apenas a parte que o Município fará sobre o Médio, que não tem problema, que é o cadastro, que é encaminhar o Tri, que é receber - é o que faz o Fundamental. E dizendo que, através de convênio, o Estado vai financiar; senão isso não sai!

Então, o que eu quero te dizer é que o Projeto de Lei trata só das tarefas do Município, porque, se o Estado não vier para o convênio, não vai ter, infelizmente, a passagem do Médio. É isso, mas depois eu vou falar e ampliar o nosso debate.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Obrigado, Verª Sofia. Eu a entendi, mas não a compreendi - desculpe, estou sendo sincero com a senhora, mas sou seu parceiro. Eu a entendi, mas não a compreendi, porque o Projeto inclui a questão das escolas estaduais, os alunos do Médio. Eu sei que estão dentro do Município, Vereadora. Eu até gostaria de discutir um pouco mais. Sou parceiro, Verª Sofia.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, V. Exª tem toda razão. A Verª Sofia atrasou-se um pouquinho. Quando ela era Secretária, ela poderia ter transformado em lei, a iniciativa seria do Executivo. Agora, ela não pode transformar em lei, porque não é iniciativa de Vereador.

Segundo: dizer que a Secretaria de Educação avalizou? A Secretaria de Educação não dá constitucionalidade a nenhum Projeto. Nós é que sabemos o que é constitucional e o que não é.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol. Verª Sofia Cavedon, como eu disse: sou parceiro, quero discutir, quero avançar para melhorar e dar condições para essas crianças e para esses jovens que precisam estudar, mas tem que ser bem discutido e bem dividido, porque não existe, Verª Sofia Cavedon, almoço de graça. Mas sou seu parceiro. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05, por cedência de tempo do Ver. Pedro Ruas.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, eu queria agradecer ao Ver. Pedro Ruas a cedência do tempo. Ouvindo o tom e o rumo do debate, parece-me que a Verª Sofia Cavedon, que é uma das autoras do Projeto, tem que definir se adia ou não a votação. Eu só queria fazer um alerta, que foi pedido por alguns Vereadores, porque desde 2007 discute-se um Projeto que está garantido pela Constituição Federal, está garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, está garantido por aquilo que deveria ser direito universal aos estudantes do Ensino Médio do Brasil, e que, infelizmente, não é ofertado pelo Estado, porque, pelo Município existe o Programa Vou à Escola, que oferta seis mil benefícios - eu diria direitos - para as crianças que precisam pegar ônibus para chegar até a escola e não têm recursos. E nós, na Comissão de Educação, já vimos a quantidade de famílias que não conseguem o Vou à Escola no Município, e pedem, junto aos Conselhos Tutelares, a ampliação do direito, para que mais crianças porto-alegrenses possam chegar até a escola.

No caso do Ensino Médio, nós temos, no Estado, transporte da zona rural até a zona urbana. Mas, infelizmente, não existe a oferta do transporte escolar para as crianças dentro da própria cidade. Nós sabemos que existem muitas causas para a evasão escolar, e uma delas - pasmem, Vereadores e Vereadoras - é a falta de recursos para pegar ônibus. Será que esta Casa precisa de mais três anos para votar um Projeto como esse?

 

O Sr. João Bosco Vaz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) V. Exª tem razão em tudo e a Verª Sofia Cavedon também. Eu só não entendo por que, quando a Verª Sofia Cavedon foi Secretária de Educação, o Partido dela não transformou em lei isso. É isso que eu não entendo! Fazer benesse com o chapéu dos outros é bonito. Ela foi Secretária de Educação e não fez, e agora quer fazer, quer transformar em lei o que já existe.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. João Bosco Vaz, essa é uma resposta que...

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Com todo o respeito que eu devo ao Ver. Bosco, informo que nós fizemos o Projeto que está aí, que hoje leva seis mil crianças, Ver. Bosco; e 60% são alunos de escola estadual. Quem fez o Projeto - e ele está funcionando mais do que uma lei - foi o nosso Governo, e o Governo Fogaça o ampliou. Ampliou e foi importante. Por que precisa de lei? Porque nós temos que consagrá-lo como uma política pública. E eu aviso: 60% das crianças do Ensino Fundamental, hoje, a que a SMED paga, são de escola estadual. Então, o mínimo que o Estado tem que fazer, e a gente já costurou isso na Assembleia Legislativa, é pagar a parte do Ensino Médio, porque chega de o jovem não chegar à escola. Obrigada.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Bom, nós não estamos discutindo o passado, nós estamos discutindo o futuro. Nesse caso, eu, Vereadora do PSOL - que não respondo pela Administração Popular e tenho muitas diferenças com o Governo Federal -, vejo, agora, na Saúde, que existe um verdadeiro caos na Saúde pública, enquanto o Governo do Presidente Lula diz que o Brasil vai às mil maravilhas. Há lotação no Hospital Conceição, lotação no Hospital de Clínicas, as pessoas que não conseguem um atendimento... Mas nós não estamos debatendo isso, nós estamos debatendo o futuro das crianças e jovens oriundos do Ensino Médio, que têm garantido pela Constituição um direito que não é ofertado pelo Estado do Rio Grande do Sul, e a Comissão de Educação e a Vereadora fizeram um excelente trabalho para obrigar o Estado do Rio Grande do Sul a fazer essa parceria com o Município, tendo a concordância da Secretária Municipal de Educação. Se o Executivo concorda, eu não vejo qual é o sentido de esta Casa ser morosa e ter pouca vontade política de aprovar um projeto que ajuda, e muito, os jovens que querem terminar o Ensino Médio, e querem ter outra perspectiva de vida.

Então, eu faço um apelo aos Vereadores e às Vereadoras, para que a gente aprove este Projeto, para, por favor, dar mais um direito para a juventude que tanto precisa, e discuta menos algo que foi discutido três anos na Casa.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras; o Projeto de Lei da Verª Sofia Cavedon e da Verª Manuela d’Ávila, hoje Deputada, tramita nesta Casa desde o ano de 2005. Portanto, ele tem cinco anos de tramitação na Casa.

Ouvi atentamente os meus colegas Vereadores, principalmente o Ver. Luiz Braz e o Ver. Reginaldo Pujol, que fizeram uma contestação da inconstitucionalidade ao Projeto.

Eu tenho que me pautar, Ver. Reginaldo Pujol, no que a própria Casa diz e no que as Comissões dizem. Este Projeto foi amplamente debatido, Verª Sofia Cavedon, na Comissão de Constituição e Justiça. E esta Comissão, na Presidência do Ver. Paulo Odone, deu um Parecer, que foi aprovado lá, pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 03. Portanto, eu não vou desautorizar a Comissão de Constituição e Justiça, mesmo observando a fala dos senhores aqui na tribuna, trazendo este tema novamente da constitucionalidade ou inconstitucionalidade. Este é o primeiro ponto que temos que levar em consideração para poder fazer a análise.

A segunda Comissão mais importante, sob meu ponto de vista de análise deste Projeto, é a Comissão de Educação. Com o Relatório da então Verª Neuza Canabarro, do PDT, que deu um Parecer favorável - e uma das grandes bandeiras no nosso querido Brizola sempre foi a defesa da Educação -, a Comissão de Educação também aprovou.

Então, das cinco Comissões por onde tramitou, já há um Parecer favorável destas duas Comissões plurais. E podemos dizer que, tanto a então Verª Neuza Canabarro como o então Ver. Paulo Odone sempre fizeram parte, na questão política, da Base do Governo Municipal. Mas não se trata aqui de um Projeto de um campo contra o outro; trata-se de um Projeto para a cidade de Porto Alegre.

Querer trazer este debate aqui de um campo político contra o outro, é, no mínimo, não querer discutir o conteúdo do Projeto. Este Projeto - aqui está a sua oficialização - já existe na cidade de Porto Alegre, e eu quero trazer alguns dados aqui. Há algumas regiões da Cidade - e aqui eu dialogo com todos os colegas Vereadores e Vereadoras -, como a Região do Extremo Sul e a Região Sul, em que as crianças têm que se deslocar por cinco, sete, oito quilômetros para ir à escola e utilizam esse transporte. Mas o problema não é somente a utilização, Ver. João Antonio Dib, também é a demanda que existe hoje. Se há uma demanda, e nós estamos trabalhando num Projeto de Lei, constituindo um programa que foi discutido e acordado com a Secretária Cleci, é porque tem um entendimento de que é a construção de uma política para o Município de Porto Alegre. Se é uma construção de uma política para o Município de Porto Alegre, Ver. Mauro Zacher, nós temos que analisar esse tema desse ponto de vista.

O transporte público já é, hoje, legislação e determinação, inclusive, da Constituição e, agora, do Fundeb, já que, a partir dos quatro anos, todas as crianças devem estar na escola. Nós temos que potencializar a política e dar toda a sustentação para que os programas possam se tornar efetivos. Para este programa, Ver. Braz, o recurso já existe, já é gasto hoje, porque, na prática, o Município já o executa. E, se tem um acordo com a Secretaria para oficializá-lo, a pergunta que eu deixo aos colegas é por que não oficializá-lo. Um grande abraço!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, as matérias que tramitam nesta Casa têm que ser orientadas dentro da linha de realidade, do que acontece realmente aqui neste Plenário. Quero avisar que a Comissão de Constituição e Justiça não é mais integrada pelo Paulo Odone, que agora é Deputado Estadual, e a nova Comissão de Constituição e Justiça deu Parecer à matéria. Então, quando se faz referência ao que está tramitando aqui na Casa, tem que se fazer referência ao que existe, às nossas estruturas. Eu não posso falar do Vereador lá do ano de mil, oitocentos e alguma coisa; eu tenho que falar das Comissões que existem agora. Eu quero dizer que, nesta Comissão, o Ver. Mauro Zacher deu parecer pela inexistência de óbice, com votos contrários dos Vers. Luiz Braz, Bernardino Vendruscolo e Reginaldo Pujol. Houve, na verdade, um empate na Comissão, porque houve votos favoráveis do Ver. Mauro Zacher, do Ver. Valter Nagelstein e da Verª Maria Celeste. Houve empate nessa Comissão, e não houve, na verdade, aquilo que foi narrado pelo Vereador que esteve na tribuna.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, quem fez o relato da tribuna foi este Vereador, o Ver. Comassetto, e eu quero dizer que estou me pautando pelo espelho distribuído pela Mesa, pela Diretoria Legislativa. O empate se deu numa Emenda, não foi no Projeto. Na essência do Projeto, a Comissão de Constituição e Justiça disse que não tem inconstitucionalidade. Gostaria que V. Exª pudesse verificar, inclusive junto ao Diretor Legislativo, se é isso mesmo, porque o Ver. Luiz Braz pode ter outra versão que não a que estamos discutindo aqui. Muito obrigado.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, não falo nem como Vice-Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, falo como integrante da Comissão. A única manifestação da Comissão de Constituição e Justiça, desta Legislatura, é essa que ficou empatada em três a três. Até com um voto em separado, que é meu; esta é a verdade.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Fica registrado, então, que na Comissão de Constituição e Justiça houve um empate de três a três, e o Projeto segue em discussão.

O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, não vou “chover no molhado”, porque todos que me antecederam aqui louvaram o mérito do Projeto. Portanto, o mérito do Projeto é indiscutível! Assim como é indiscutível o esforço que o Brasil, que o Rio Grande do Sul, e, particularmente, que Porto Alegre, têm feito pela inclusão através da Educação. Se nós tivéssemos tido, no Brasil, essa preocupação desde sempre, hoje não estaríamos aqui discutindo esse Projeto de Lei. Muitas foram as lideranças que deram a vida lutando pela Educação de qualidade, pela inclusão e pela Educação no Brasil; muitas, e muitas delas são gaúchas. Diante desse esforço da Nação e do Estado, mas principalmente diante do esforço de Porto Alegre, nos últimos anos, com a construção de mais de cinquenta e quatro escolas de Ensino Infantil e o estabelecimento de condições para não deixar nenhum aluno sem escola municipal, o mérito louvável deste Projeto tem que ser aproveitado. E, se não conseguirmos estabelecer o convênio com o Estado, de que fala o Projeto da Verª Sofia, nós, pelo menos, vamos constranger o Estado a atuar também nessa direção, porque não é possível e não é admissível que se fique aqui a discutir a lei - nós temos que observar a lei, nós estamos aqui não só para fazer leis, mas para observá-las e atualizá-las -, não é possível que se deixe uma criança sem ir à escola ou que se obrigue essa criança a caminhar três ou quatro quilômetros para ir à escola e depois se exija - como gosta de dizer o Ver. DJ Cassiá - que ela se afaste das drogas, que ela se afaste do tráfico, mas que ela aproveite uma boa oportunidade para seguir o caminho do bem. Isso não é mais possível! Por isso, o mais importante é que se construam as condições necessárias para que todas as crianças tenham acesso à escola. Se o acesso precisa de um transporte escolar, vamos fazer um esforço nesse sentido, vamos fazer um esforço para que as crianças possam sair de casa e ir à escola. E precisamos de um esforço ainda além: quando terminado o período da escola, que tenhamos uma atividade para essas crianças, para que elas não sejam disputadas pelo tráfico com tanta facilidade, como temos visto atualmente.

 

O Sr. DJ Cassiá: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Toni Proença. O senhor colocou correta e sabiamente suas palavras. Criança fora da escola é uma porta de escola fechada, é uma vaga que se abre para o crime. Isso é indiscutível. O Projeto é excelente, ele tem que ser aprovado, mas tem que ser executado, tem que sair da discussão, não pode ser só um Projeto. O Projeto é bom, Ver. Toni Proença! Quem sabe se a Comissão de Educação desta Casa fizesse uma intermediação entre a Secretaria de Educação do Município e a do Estado? São as que têm a grana, entendeu? Com essa intermediação, este Projeto pode ser aprovado e executado. Essas crianças que o senhor relata aí podem muito bem ir para o caminho do bem e não ficar à mercê do crime. Obrigado, Ver. Toni.

 

O SR. TONI PROENÇA: Obrigado pelo aparte, Ver. DJ Cassiá. Eu entendo que, se aprovarmos esse Projeto, já que houve a negociação com a Secretaria Municipal de Educação, com a Prefeitura Municipal, no que tange ao Ensino Municipal, nós vamos estar construindo as condições para, junto ao Governo do Estado, também resolver esse problema e vamos solucionar, de vez, a falta de transporte escolar gratuito para aqueles alunos que mais precisam.

Portanto, a aprovação do Projeto, como eu disse, pode nos ajudar a constranger o futuro Governador ou a futura Governadora a se somar a essa causa, não deixando as nossas crianças fora da escola por falta de transporte escolar gratuito. Parabéns, Verª Sofia! Conclamo a todos para que aprovemos este Projeto.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05, por cedência de tempo do Ver. Adeli Sell.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Adeli, pela cedência do tempo. Sr. Presidente, eu quero apenas acrescentar as nossas construções, porque já há muitas mãos nesse Projeto, e tem várias Emendas, deixando muito claras apenas as atribuições municipais. Há dois movimentos que já foram feitos, Ver. Pujol, junto ao Governo do Estado e junto à Assembleia Legislativa. O Deputado Mano Changes coordenou vários momentos, inclusive junto com a SEC, se comprometendo a mudar a lei estadual e a fazer emenda no Orçamento, para, no ano que vem, começar a financiar o transporte dos alunos do Ensino Médio. Então, esse processo daqui é um processo que está problematizando e fazendo se movimentarem as estruturas estaduais, para que, de fato, venhamos a ter uma política pública de transporte.

O segundo dado que quero trazer é que um mês de meia passagem para o aluno ir à escola corresponde quase ao mesmo valor do Bolsa Família. Na semana que passou, eu estava na Casa de Nazaré, estava lá o Kevin Krieger, Presidente da FASC, e nós tivemos o depoimento de um educador, falando que uma família tentou manter a ida de um jovem à escola, usando o valor do Bolsa Família, mas não deu, porque precisava o valor para alimento. E essa situação, em Porto Alegre, é mesma de mais de seiscentos jovens, porque a família tem o Bolsa Família, mas o jovem não tem como chegar à escola de Ensino Médio.

Na Lomba do Pinheiro há uma única Escola, a Rafaela Remião, mas muitos jovens têm que sair de lá e virem para as vagas aqui do Partenon, e não têm condições.

Então, o Projeto de Lei só está tornando em lei um Programa que já leva os estudantes do Ensino Fundamental, mas está dizendo que o Município assumirá a coordenação técnica para o Ensino Médio, e fará convênio com o Estado para que esse custo do transporte do Ensino Médio seja financiado pelo Estado, como tem que ser, pela Legislação.

Eu quero trazer um outro dado para vocês, porque eu acho que é importante, e acho que o Toni fechou bem aqui, e o Ver. DJ, também, quando dizem que a luta não termina na votação do Projeto; ela tem que ter continuidade para ter um financiamento e ser executado. E nós vamos fazer isso; e não sou eu, mas vários Deputados e Vereadores de vários Partidos, inclusive a Comissão de Educação da Câmara, Ver. DJ, já fez o debate, muitas vezes, acumulando toda essa construção que chega nesse momento aqui.

Há um dado do Estado do Rio Grande do Sul que é muito significativo: 17% ou 18% dos nossos jovens, de 15 a 17 anos, estão fora da Escola. No Estado do Rio Grande do Sul, isso significa noventa e oito mil jovens, de 14 a 17 anos, fora de qualquer escola, e uma grande parte deles estão em Porto Alegre, possivelmente uns 40%.

Então, nós temos uns quarenta mil jovens em Porto Alegre, de 15 a 17 anos, fora da escola. Muitos, porque tiveram que trabalhar cedo, outros porque estão na droga, na violência, ou estão presos, mas muitos, muitos mesmo, porque não têm condições de deslocamento, não têm condições materiais para chegar à escola.

Então, o Projeto visa a ser um instrumento que faça com que o Município sente com o Governo do Estado, porque o Prefeito tem a ver, sim, com os jovens que moram em Porto Alegre. Sei disso, e sei que o Fortunati está interessado nisso. E se a Secretária de Educação envidar esforços, sentar com o Estado e construir, nem que seja um piloto para o ano que vem, esse Projeto será executado. E a Secretária Cleci deu a sua palavra, construiu junto, esteve na Comissão de Educação.

Eu acho que a Câmara, agora, depois de toda essa nossa construção, do destaque que o Braz propõe, da Emenda do Convênio que foi construída com o Conrado, que aqui está, que representava a SMED nessa construção; quer dizer, é um Projeto que já está bem amarrado. Espero que possamos votá-lo e que isso seja um instrumento para garantir a esses jovens uma outra vida, com dignidade, respeito e possibilidade de futuro. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, sabem que, quando criança, para poder fazer o 4º e 5º ano primários, eu tinha que caminhar, todos os dias, sete quilômetros - era um frio danado, lá no interior de Ibiraiaras. E o Governo do Estado não ajudava com ônibus - até tinha muito pouco ônibus por lá. Agora, eu acho que hoje em dia, nós precisarmos fazer uma Lei para carregar nossas crianças... Não seria mais fácil disponibilizar escolas mais pertinho das crianças? E elas existem. Vemos que, a cada conjunto residencial que é construído, se pede, como mitigação, um terreno para escola. Nós estamos com muitos terrenos para escolas, só que, às vezes, são escolas estaduais ou municipais, e ninguém planeja onde elas devem estar. Apenas porque há um terreno lá à disposição, vamos construir! Acho que tem que se começar a fazer um pouquinho mais de planejamento. Onde estão as crianças para certas escolas? Há muitas escolas no bairro Moinho de Ventos, no bairro Auxiliadora, no bairro Higienópolis, e poucas crianças moram por lá, que estudam nessas escolas. Então, o Município precisa trazer as crianças de longe para escolas mal localizadas! Está na hora de se fazer alguma coisa, de racionalizar a distribuição dessas escolas e colocá-las onde está a sua clientela, que são as crianças. Acho que chega de termos escolas em locais que não são necessários.

Eu vou dar um exemplo: ao lado do Zaffari Higienópolis há uma baita escola estadual. Se vocês perguntarem de onde são as crianças que lá estudam, elas não são daquele Bairro. Então, que se substitua, que se faça uma permuta desses terrenos - acho que aquela é até estadual - por um lugar no qual as crianças não precisem pegar ônibus.

Está na hora de sentar e parar de fazer projetos fáceis. Nós temos que começar a planejar, racionalizar, e, se for preciso, recolocar as escolas nos locais onde estão as crianças.

Tenho andado pelo Estado ultimamente, Ver. Dib, e tenho ouvido muito que se o Tarso for o Governador, a dona Neuza Canabarro será a sua Secretária de Educação, aí penso que este Projeto já está andado, porque ela está comprometida com a Educação.

Acho que, ao invés de aprovarmos este Projeto agora - ou pode-se aprovar o Projeto agora -, temos de fazer alguma coisa a mais. Não é só pagar a passagem para as crianças; vamos pensar em colocar as escolas onde estão as crianças. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir o PLL nº 106/05.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Ver. Dib, hoje, lembrou de Getúlio Vargas, e, dentro do trabalhismo, a Escola de Tempo Integral é a principal bandeira. É claro que o trabalho também se inclui nisso. Nós, humildemente, fazemos a nossa parte na Saúde, mas a Escola de Tempo Integral realmente é a nossa grande bandeira, porque ela pode preparar toda uma geração. E a essência daquilo que o Darcy Ribeiro pensou da Escola de Tempo Integral, é o que o Ver. Toni Proença referiu desta tribuna, que também é um princípio do SUS: é a acessibilidade. Se nós não dermos acessibilidade às crianças, realmente não vamos ter uma Escola de Tempo Integral; integral mesmo!

Então, eu acredito que a escola deve ser perto de casa, como falou o Ver. Cecchim, mas na impossibilidade de ser perto de casa, é função do Estado poder prover o acesso dessas crianças.

E como a gente observa - e vejo aqui o sempre Vereador Valdir Fraga - lá no nosso Lami, no nosso Lajeado, no nosso Belém Novo, na Extrema, a grande distância que se tem da escola até o lar das crianças! Então, se realmente o Estado não se preocupar com essa integralidade, ele realmente vai acabar perdendo as crianças para o trabalho e até para o tráfico.

Então, Verª Sofia, pode contar com este Vereador, principalmente quando V. Exª coloca, com muita propriedade, as Emendas nºs 04 e 05, principalmente a nº 05, porque é importante também que possamos responsabilizar aqueles entes federativos que muitas vezes não entram, que “lavam as mãos” no processo. Pode contar conosco! Escola de Tempo Integral começa com acessibilidade, como dizia Brizola.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Está encerrada a discussão. (Pausa.) Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, o parágrafo 1º, destacado, do artigo 9º, da Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 ao PLL nº 106/05. (Lê a Emenda.) (Pausa.) (Após a apuração nominal) REJEITADA por 02 votos SIM e 18 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 01 ao PLL nº 106/05. (Lê a Emenda.) (Pausa.)

 

(O Ver. Nelcir Tessaro reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): (Após a apuração nominal.) APROVADA a Emenda de nº 01 ao PLL nº 106/05 por 17 votos SIM e 07 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 02 ao PLL nº 106/05. (Lê a Emenda.) (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 19 votos SIM e 03 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 03 ao PLL nº 106/05. (Lê a Emenda.) (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 15 votos SIM e 05 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 04 ao PLL nº 106/05. (Lê a Emenda.) (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 16 votos SIM e 06 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 05 ao PLL nº 106/05. (Lê a Emenda.) (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 19 votos SIM e 04 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 ao PLL nº 106/05, em sua parte não destacada. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 17 votos SIM e 04 votos NÃO.

Com a aprovação desta Subemenda, fica prejudicada a Subemenda nº 01 à Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 ao PLL nº 106/05, no seu parágrafo 3º, por já ter sido aprovada na Subemenda nº 01 à Emenda nº 05.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a Subemenda que o senhor está declarando prejudicada introduz o parágrafo 3º.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Mas o parágrafo 3º tem o mesmo teor do parágrafo 2º ao art. 9º, que votamos agora e aprovamos; é a mesma redação. É só o inverso, mas com o mesmo objetivo.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Não.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Veja o que diz o parágrafo 3º do art. 9º na Subemenda nº 01 à Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 ao PLL nº 106/05 (Lê.): “Não ocorrendo a realização do convênio com o Estado, o Município desobrigar-se-á da realização do Programa para o Ensino Médio”. E diz a outra, no parágrafo 2º do art. 9º da Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 (Lê.): “Mediante convênio, o Município de Porto Alegre assumirá as ações de execução e fiscalização do Programa ‘Vou à Escola’ no nível do Ensino Médio, desde que estas despesas sejam financiadas pelo Estado do Rio Grande do Sul”. Tem que haver o convênio; uma diz isso da outra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, foi votado. O parágrafo 2º diz (Lê.): “Mediante convênio, o Município de Porto Alegre assumirá as ações de execução e fiscalização do...” Essa é a Subemenda nº 01 à Emenda nº 05.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim. E, se não houver o convênio, está desobrigado.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Bom, eu quero dizer que aqui está expresso...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, está expresso, mas se houver...

 

O SR. REGINALDO PUJOL: (Lê.): “Não ocorrendo a realização do convênio com o Estado, o Município desobrigar-se-á da realização do Programa para o Ensino Médio”. Aqui diz isso para esta situação, e, no resto, subentende-se. Se nós vamos fazer pelo que se subentende, esse Programa poderia nem ser votado. Eu quero, se V. Exª mantiver a decisão de considerar prejudicado, lançar o meu protesto...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereador, não há necessidade disso. Nós entendemos que está bem expresso, mas vamos colocar em votação.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Subemenda nº 01 à Subemenda nº 01 à Emenda nº 05 ao PLL nº 106/05. (Pausa.) (Lê a Emenda.)

(Após a apuração nominal.) APROVADA por 11 votos SIM, 08 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol e outros, o PLL nº 106/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 22 votos SIM e 02 votos NÃO.

Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver. Haroldo de Souza requer que antecipemos a votação do PLL nº 079/10.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Haroldo de Souza. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1673/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/10, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Luiz Carlos Reche.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 25-08-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 079/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 079/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1538/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/10, que altera os §§ 1º e 2º e inclui §§ 3º, 4º, 5º e 6º, todos no art. 10 da Lei nº 10.087, de 16 de novembro de 2006 – que cria a Gratificação de Resultado Fazendário e de Programação Orçamentária (GRFPO) no âmbito da Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) e do Gabinete de Programação Orçamentária (GPO), altera disposições da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores, e da Lei nº 7.690, de 31 de outubro de 1995, e alterações posteriores, e dá outras providências –, estipulando percentuais e limites para pagamento do complemento da gratificação.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela aprovação do Projeto.

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 11-08-10;

- discutiram a matéria os Vereadores P. Ruas, R. Pujol, J. A. Dib, M. Celeste, S. Cavedon, L. Braz, C. Todeschini, P. Marques (cedeu p/ J. A. Dib), A. J. Oliboni, S. Melo, J. C. Nedel, E. Comassetto, M. Pinheiro (cedeu p/ E. Comassetto) e A. Sell;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLE nº 011/10. (Pausa). Não há quem queira discutir. Em votação. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 011/10.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; a tarde de hoje, para mim, é muito especial, porque deixa muito claro que o discurso que eu venho sustentando ao longo do tempo, de que eu tenho independência em relação ao Governo, é um discurso que se confirma.

Votei contrariamente ao Projeto de Lei que acaba de ser aprovado pela quase totalidade da Casa. A informação que me passavam os Srs. Vereadores, era de que receberam instruções do Governo para votar favoravelmente ao Projeto da Verª Sofia Cavedon.

Fico com medo, daqui para frente, ao tomar uma posição, de entenderem que estou recebendo instrução do Governo, e eu não sou de receber instrução de Governo nenhum, especialmente de um Governo em que eu não tenho participação direta.

Tenho posição favorável a este Projeto de Lei. (Pausa.) A Verª Fernanda Melchionna quer que eu peça a atenção dos Vereadores, mas eu dispenso a atenção dos colegas, porque não sou ouvido na Casa, então não preciso ficar com a atenção para mim.

Eles ouvem o Secretário de Educação que manda votarem de um jeito, e eles votam; devem estar telefonando para saberem como vão votar. Eu vou manter a minha posição.

Ver. Nilo, V. Exª que esteve solidário comigo aí nessa aberração constitucional que foi feita aqui na Casa, sabe que vou votar a favor, porque estou convencido de que este Projeto é bom, não é por que eu esteja recebendo instrução de quem quer que seja.

Então, aproveito o ensejo de estar na tribuna para dizer que a minha posição de independência, Ver. Bosco Vaz, está mais acentuada do que nunca no dia de hoje. Eu não vou regatear, nunca, o apoio à proposta do Governo que julgo correta, mas o Ver. Reginaldo Pujol, com setenta anos de idade, não é moleque para ficar recebendo ordem de tomada de posição. Quando este Projeto, que acabaram de aprovar, vier para cá vetado, não me procurem para discutir, porque foi dito da tribuna com relação ao Governo do Estado, e outros pensam com relação ao Governo do Município. Então, que se constranja o Governo em vetar esta matéria, que, politicamente, é de agrado; todos vão parecer bonzinhos em favor dos estudantes; como eu quero agora ser, pelo menos neste particular vou ser favorável a um Projeto de Lei que deu uma melhorada na remuneração dos funcionários da Secretaria da Fazenda. É pena que eu não tivesse tido a oportunidade, antes, de estender para os demais funcionários, porque já que vamos dar tudo de graça aqui, eu também vou abrir o meu coração, dando tudo, daqui para adiante, e o Prefeito, depois, que se acerte com a sua base. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Registro que se encontram em nosso plenário, participando do Projeto Visita Orientada desta Câmara de Vereadores, 35 alunos da 1ª Série do Ensino Médio, do Instituto Estadual Coronel Genuíno Sampaio, da Cidade de Sapiranga. Estão acompanhados pelas professoras Marlove Benedotto e Valquíria Zinvelsk. Sejam todos bem-vindos. Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial desta Casa desenvolve com as escolas, visando à integração e fazendo com que os nossos jovens conheçam as atividades do Legislativo, tanto aqui como na Câmara de Vereadores de Sapiranga. Sejam bem-vindos, muito obrigado pela visita.

Registro também a presença do Ver. Ismael Heinen neste Plenário.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 011/10. (Pausa.) Ausente. O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 011/10.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Nelcir Tessaro, Presidente desta Casa; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores; Ver. Reginaldo Pujol, vou seguir um pouquinho na sua linha com relação a este Projeto, porque, como houve uma boa vontade, por parte do Governo, com a Verª Sofia Cavedon e com a ex-Verª Manuela d’Ávila, em relação à votação do Projeto anterior, acredito eu, Verª Sofia, que também vai haver boa vontade, agora, por parte da Bancada de V. Exª, quando da correção que o Governo tenta fazer com relação a uma bobagem que foi feita antes e que está sendo corrigida através deste Projeto de Lei.

Ver. Bernardino, eu estou dizendo que foi uma bobagem, porque, através de um Decreto, Ver. Idenir, o Governo havia dado 30% - o que não poderia ser feito através de Decreto, porque se está mexendo com tributos, e, quando se mexe com tributos, só se pode mexer através de lei - do excesso de arrecadação, para ser dividido entre os fazendários. Ora, isso daria uma “babilônia”, Ver. Reginaldo Pujol; era muito dinheiro! Aliás, existe toda uma expectativa; acho que vai haver muita gente entrando na Justiça - não vai levar nada -, mas deve haver muita gente que vai entrar na Justiça para tentar levar aquilo a que tinha expectativa de ganhar.

O Governo, então, fez uma correção: colocou 5%, ao invés de 30% - porque antes era 30% e agora corrigiu para 5% -, e diminuiu o número de servidores que vão ter direito a essa restituição. Vereador, V. Exª mesmo fazia essa observação, e, como eu estou encaminhando, não vou poder conceder-lhe aparte, mas eu tenho certeza de que V. Exª depois vai poder explicar.

Mas, pelo menos, diminuiu o valor a ser distribuído entre os servidores da Fazenda Pública, e colocou na forma correta, que é através de lei.

Eu acho que mesmo a votação daquele Projeto, que propiciou essa gratificação, foi um Projeto muito ruim - aprovado por esta Casa, contra o voto deste Vereador. Mas, já que aconteceu, que se aprovou, e já que é lei, não podia ser feita essa distribuição através do Decreto; tinha que ser através de Lei, e o Prefeito Fortunati está agindo corretamente, mandando para que esta Casa possa votar.

Eu espero que o PT, que foi beneficiado com a votação anterior, através de uma boa vontade do Executivo Municipal, principalmente do pessoal da Secretaria da Educação, agora também tenha boa vontade com o pessoal do Governo, e ajude o Governo a corrigir o que estava errado antes, e possa, realmente, aprovar este Projeto de Lei, enviado para esta Casa, exatamente para que a gente pudesse sanar um defeito que tinha sido instalado na Fazenda Pública.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 011/10.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, neste Projeto, que é para adequar uma distorção para os servidores da Secretaria da Fazenda, eu queria aproveitar para fazer um registro, e um pedido também, ao Sr. Prefeito, ao Executivo Municipal, para que não esqueça dos fiscais da SMIC. Eu me lembro que, quando eu estava licenciado há dois anos, o Projeto veio para a Câmara de Vereadores para que eles ganhassem o adicional de periculosidade, e foi combinado um X%, e acabou no Executivo, na Secretaria de Administração, sendo diminuído esse percentual.

Então, eu espero que, ao aprovarmos este Projeto de adequação, muito bem defendido pelo Ver. Luiz Braz, não esqueçamos desses fiscais. Eu não quero que se dê nada a mais, mas também nada a menos a esses fiscais da SMIC, que já negociaram o percentual de periculosidade, para corrigir uma distorção de horas extras, e que se corrija isso também. Que o Executivo mande adequar, mande para esta Casa para que possamos aprovar e fazer justiça com esses fiscais que enfrentam o perigo das ruas, durante o dia, durante a noite, enfim, os fiscais que são expostos ao perigo e não ganham por isto; só os da Fazenda. Vamos olhar para aqueles que realmente correm perigo.

Eu espero que o Executivo faça essa correção, no Projeto de periculosidade, porque é uma justiça com os fiscais da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal, solicitada pela Verª Fernanda Melchionna e outros, o PLE nº 011/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 20 votos SIM, 02 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1041/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 008/10, de autoria da Mesa Diretora, que altera o “caput” do art. 4º da Resolução nº 1.559, de 22 de agosto de 2001 – que institui Estágio Curricular para estudantes de estabelecimentos de ensino médio e superior na Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, passando os números de postos de Estágio Curricular de Ensino Médio e de Estágio Curricular de Ensino Superior para 50 (cinquenta) e 98 (noventa e oito), respectivamente.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 09-08-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PR nº 008/10. (Pausa.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro que, antes de votarmos esse Projeto de Resolução, seria imprescindível a informação da quantidade de funcionários que existem na Casa nesses setores, e qual o percentual de estágio que está sendo proposto, por uma questão federal, da Lei dos Estágios, aprovada em 2006. Nesse sentido, solicito o adiamento da discussão do PR nº 008/10 por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Esse levantamento já foi efetuado, e não há impedimento nenhum. Estamos dentro dos parâmetros legais.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu fiz um Requerimento e gostaria que ele fosse votado.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereadora, quero dizer que já foi feito o levantamento nesta Casa.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Mas não foi passado para os Vereadores.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereadora, V. Exª pode solicitar as informações à Direção Administrativa da Casa. Vereadora, esse assunto foi encaminhado à reunião da Mesa e Lideranças. V. Exª solicitou para o material estar na reunião da Mesa e Lideranças para ser discutido, mas não compareceu naquela reunião quando foi decidido que o assunto entraria em votação.

Em discussão o PR nº 008/10. (Pausa.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu fiz um Requerimento de adiamento de discussão; eu gostaria de discutir os méritos, eu não estou de acordo com o Projeto. Que absurdo isso! Existe um Requerimento de uma Bancada, Sr. Presidente, nesta Casa, o senhor não pode, pela sua autoridade, passar por cima da nossa Bancada! O senhor é Presidente e não o rei da Câmara de Vereadores!

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereadora, quero dizer para todos os Vereadores presentes e à imprensa que nós suspendemos a reunião de Mesa e Lideranças, por duas Sessões, aguardando o comparecimento da Verª Fernanda Melchionna, e foi decidido que o tema entraria em votação.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu fiz um Requerimento, Sr. Presidente, do qual o senhor pode discordar.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento da Verª Fernanda Melchionna, solicitando o adiamento da discussão do PR nº 008/10, por uma Sessão. (Pausa.) A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de sua autoria.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, eu solicitei um Requerimento de adiamento da discussão do Projeto, por uma Sessão, em função de que esta proposta de aumento dos estágios, em comparação com o número de funcionários da Casa, tem sido contestada, Ver. Todeschini, pelo Sindicato dos funcionários desta Câmara, inclusive pela questão da proporção dos estagiários com relação aos funcionários de carreira e Cargos em Comissão - como é uma Casa política há Cargos em Comissão -, mas existe uma proporção legal votada em 2006.

Então, o Requerimento à Presidência, é no sentido de pedir esses dados, porque existe um processo, no nosso País, de substituição de mão de obra de funcionários por mão de obra de estagiários. É um processo nacional que existe tanto no setor público quanto no setor privado, que começou a ser ajeitado em 2006. Eu, que fui estagiária por seis anos da minha vida e consegui me formar na Universidade Federal, graças ao estágio, sei das dificuldades que é para a juventude poder conciliar o estudo com a necessidade de trabalhar. Sei como é ser contratado para uma função, ganhando um valor bem abaixo de um funcionário de carreira, e fazer a função de um servidor mesmo sem ter as qualificações necessárias para cumprir aquela função naquele momento.

O meu pedido - e gostaria que os Líderes de Bancada, por favor, ouvissem este encaminhamento - não é no sentido de depreciar o Projeto da Mesa Diretora, mas é no sentido de trazer os elementos para que possamos fazer a discussão conforme orienta o Ministério Público do Trabalho, Ver. João Antonio Dib. Eu já lhe digo que o Ministério Público do Trabalho tem autuado, cobrado multas, inclusive, dos órgãos que ultrapassam o percentual permitido de estagiários, conforme o quadro de funcionários. Aconteceu com o Banrisul, que teve que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta, por ter 20% a mais de estagiários do que seria permitido pela nova legislação, e, pelas informações que me constam, que não são oficiais... Por isso fiz um Requerimento, muito democraticamente, para a presidência desta Casa - e não aceito ser tratada de forma autoritária, pois nós estamos numa democracia, que foi conquistada por muitas e muitas lutas neste País, para que as pessoas, os Partidos, os programas, os movimentos sociais, os sindicatos tivessem direito à voz; não aceito nenhuma postura autoritária com relação ao direito que cada um de nós tem nesta Casa -, fiz um pedido muito modesto, para ter essas informações oficiais, para poder votar o Projeto com tranquilidade. Só isso!

Temos de saber quantos são os funcionários concursados, quantos são os estagiários, e, se está correta a proporção, não tem nenhum sentido que o Projeto não seja aprovado. E se não estiver, a nossa intervenção, do PSOL, ajudará a que esta Casa não sofra um processo do Ministério Público do Trabalho.

Então, eu quero reiterar o Requerimento: uma Sessão de adiamento seria suficiente, já que esses dados estão disponíveis, mas ainda não foram passados para as Bancadas. Então, que passem por e-mail, para que nós possamos votar com todos os elementos disponíveis para fazer essa discussão.

Quero registrar, também, que faz onze anos que não se abre concurso para vários cargos da Câmara Municipal. Nós sabemos a diferença que é quando alguém pode construir uma vida através de concurso. Aqui nós temos vários exemplos de funcionários que são concursados nesta Casa, que construíram a vida, se qualificando, ajudando a Câmara Municipal a prestar um serviço de qualidade, acompanhados, certamente, por estagiários e estagiárias maravilhosas que aprendem na Câmara Municipal, mas como suporte, como forma de aprender no estágio, e não como substituição de mão de obra de funcionário por estagiário.

O Sindicâmara notificou - eu vi no site - que há onze anos não se abre concurso para determinados cargos, e que agora estariam sendo pleiteados mais estagiários. Então, nós temos que averiguar isso. O Sindicâmara tem que vir falar nesta Casa, porque é um Sindicato que representa os funcionários, e todas as representações devem ser ouvidas, quer se concorde ou não. Voltaire já falava uma frase que é muito conhecida na História: “Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo”. Então, mais respeito com as opiniões, e mais democracia!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento, de autoria da Verª Fernanda Melchionna, que solicita o adiamento da discussão do PR nº 008/10, por uma Sessão.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras, Verª Fernanda Melchionna, vou votar contra o seu Requerimento, até porque, se nós formos pedir adiamento de uma Sessão para todos os projetos de que o Vereador deveria ter se inteirado antes e não se inteirou, agendou de estar presente na Sessão e não participou, se nós formos adiar por uma Sessão todos os projetos de que o Vereador não se informa, não busca informação, nós não vamos votar mais nada nesta Casa. Então, eu voto contra o seu Requerimento. Temos que votar essa matéria, sim; temos que votar. Muito me espanta, quando as pessoas sabem que, neste momento, não há condições de chamar um concurso público...

 

(Aparte antirregimental da Verª Fernanda Melchionna.)

 

O SR. NILO SANTOS: Ora, pelo próprio tempo, Vereadora! O serviço não para, não espera. Temos que encaixar as pessoas nos setores: falta gente no setor de sonorização, para a portaria, na Diretoria Administrativa, na contabilidade, para o setor de obras, para os RH, no setor de estágio... No total há nove vagas de nível superior; oito vagas de nível médio. Muito me espanta, Verª Melchionna, porque era para estarmos celebrando a contratação de gente nova, de estudantes, para saírem da ociosidade, e a senhora, que milita no meio dos estudantes, era para estar celebrando, mas a senhora está tentando empacar isso.

Era para a senhora, Verª Fernanda Melchionna, vir aqui implorar para que a Mesa Diretora não parasse por aqui. Queremos que a Mesa Diretora abra mais estágios na Casa, porque cada estudante que vem fazer estágio aqui na Câmara de Vereadores é um estudante a menos para correr o risco de ficar em casa na ociosidade, envolvendo-se em porcarias.

Então, Verª Fernanda Melchionna, não transforme um momento de festa, de celebração - porque gente está sendo contratada para crescer na vida - num momento de tristeza; não faça deste momento um momento de guerra pessoal com a presidência desta Casa, ou com a Mesa Diretora; é momento de celebrarmos! Vamos votar, sim, vamos apoiar, sim, a contratação desses estagiários. Queremos mais estagiários, Vereadores Pujol e Cecchim; mais estagiários. O Poder Público tem o dever, sim, de abrir vagas para os estagiários; abrir vagas para que estudantes de nível médio e de nível superior tenham direito a ganhar seu dinheirinho e tocar os seus estudos. Isso vai ajudar a combater a evasão escolar!

Então, voto contra este Requerimento, e a minha Bancada também.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento, de autoria da Verª Fernanda Melchionna, que solicita o adiamento da discussão do PR nº 008/10, por uma Sessão.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, na mesma linha do Ver. Nilo, não nos parece correto que nós façamos uma discussão tão alongada em função de uma decisão da Casa que vai possibilitar a contratação de mais doze estagiários - seis de nível médio e seis de nível superior. Eu quero, com toda a honestidade, Verª Fernanda, dizer que eu lamento que, em vez de doze, não sejam cento e vinte, porque eu duvido que haja algum Vereador que não gostaria de ter mais um estagiário no seu gabinete, jovem, entusiástico e colaborador. Esse discurso, dizendo que em vez de estágio tem que se fazer concurso público... Ora! Concurso público é para cargo definido; esse trabalho dos estagiários é dos estagiários, a lei assim define. Eles são supervisionados, vêm trabalhar nos nossos gabinetes, em alguns setores da Câmara; são excelentes, são dedicados, procuram fazer o melhor trabalho possível, e seria até desestimulante se viéssemos aqui negar essa possibilidade de aumentar o número de estagiários em doze vagas - seis de nível médio e seis de nível superior -, que é o solicitado pela Casa. Se algum protesto deveria ocorrer, Presidente, eu faria um protesto à Mesa por ser tão econômica ao solicitar somente doze vagas.

Eu estive lendo mais uma vez este Projeto, e essa situação começou em fevereiro - começaram as solicitações em fevereiro! A Casa está desde aquela época precisando da colaboração desses jovens, e a coisa não anda.

Então, com o maior carinho, o maior respeito à minha querida Verª Fernanda Melchionna, eu digo: adiar essa decisão é um despropósito. Nós temos que votar agora, já; votar favoravelmente ao Projeto e contrariamente ao Requerimento da Verª Fernanda Melchionna.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal, solicitada pela Verª Fernanda Melchionna, o Requerimento de sua autoria, que solicita o adiamento da discussão do PR nº 008/10, por uma Sessão. (Pausa.)

Solicito o comparecimento de todos os Vereadores ao plenário, onde estamos com apenas dezesseis Vereadores. (Pausa.) Vamos encerrar o acordo de Mesa feito com todos os Líderes dos Partidos. Eu estou vendo Vereador em plenário que não registrou a sua presença. (Pausa.) O Ver. Todeschini está em plenário, mas não registrou a sua presença. Nós queremos dizer que da Bancada do PDT só temos um Vereador em plenário; da Bancada do PPS não temos nenhum Vereador em plenário... (Pausa.) Ah, temos o Ver. Toni Proença! É bom que a população tome ciência disso, porque nós acordamos que nas quartas-feiras teríamos período de votação.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, eu quero salientar a importância de podermos votar, reunir as Comissões hoje, para tratar sobre a questão do abono dos médicos, para distensionar a questão da Saúde em Porto Alegre, até para podermos votar isso na semana que vem. Então, encerrar a Sessão neste momento, pode prejudicar ainda mais o atendimento à população de Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereador, a Presidência desta Mesa Diretora não tem culpa pelo encerramento. Não temos quórum para fazer a Reunião Conjunta das Comissões. Lamentavelmente, o acordo novamente não foi cumprido.

Na próxima segunda-feira, nós teremos Ordem do Dia para votação. Nós temos Vetos trancando a Pauta. Na próxima segunda-feira, nós vamos seguir nesse Projeto e apreciar os Vetos. E, na próxima quarta-feira, serão votados os Vetos ao Plano Diretor.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, eu sei que o Regimento permite muitas coisas nesta Casa. Sei que esta é uma Casa democrática, e o Regimento é democrático, mas, parece-me imoral, no mínimo, estar no plenário e não registrar a presença. No mínimo imoral! Isso não é democracia!

Eu solicito que, na reunião de Líderes, seja dada uma orientação, Sr. Presidente, para que os Vereadores, antes de vir ao plenário, estudem e façam os levantamentos necessários para defender as suas posições, para não ter que estar pedindo adiamento de votação.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Foi falado aqui a respeito da impossibilidade de nós reunirmos as Comissões pela falta de quórum. Eu preciso ressalvar uma situação: eu tinha assumido o compromisso com a Casa de hoje apresentar o Parecer pronto para ser votado. Este Parecer está pronto! E ele só está pronto, porque houve estagiários que se dispuseram a contribuir, trabalhando até fora do horário do expediente. Então, que fique claro isso! Se hoje não vai ser dado esse passo à frente a respeito dos médicos, esses médicos que estão reclamando na Cidade, que estão colocando a nossa Cidade em situação de emergência, de caos, é porque outros não quiseram. Nós quisemos, com o nosso Parecer colocado hoje, à uma e meia da tarde, duas horas, à disposição da Diretoria Legislativa.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Seria importante que os senhores médicos que aguardam esse abono buscassem saber quais Vereadores estão no plenário hoje às 16h30min.

O SR. TONI PROENÇA: Presidente, V. Exª fez menção à Bancada do PPS, e, por uma questão de justiça, quero dizer não só que eu estava presente, mas que o Ver. Paulinho Rubem Berta se encontra, neste momento, em atendimento no Instituto de Cardiologia, pois teve um mal súbito aqui no plenário. Por uma questão de justiça, que isso fique registrado.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, em primeiro lugar, eu quero dizer que estar no plenário e não registrar voto ou presença, é regimental; é uma manobra regimental. Quem não vota é considerado ausente; isso não é imoral, é regimental.

Em segundo lugar, eu acho que nós podemos fazer a Reunião Conjunta das Comissões, porque independe, não precisamos estar na Ordem do Dia, e nós podemos fazê-la sem dúvida nenhuma. Eu acho que teremos quórum para que isso aconteça.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, só para registrar que este Vereador participou de todas as votações, e se encontra no plenário.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, eu sugiro que se faça uma verificação de quórum neste momento.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; o Ver. Mario Manfro, que também é Vereador do PSDB, em virtude da morte de um companheiro de Partido, teve que se dirigir para o sepultamento. Por isso não está no plenário.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu quero dizer que o Ver. Mario Manfro e o Ver. Paulinho Rubem Berta informaram a esta Mesa que estariam ausentes: um por estar num funeral e o outro por estar no hospital.

 

O SR. DR. RAUL: Presidente, em função da emergencialidade da questão dos médicos, eu acredito que ainda podemos, hoje, realizar essa Reunião Conjunta. E falo não só em meu nome, mas em nome do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu quero dizer, Vereador, que, se os Vereadores não vierem dos seus gabinetes para o plenário, não teremos quórum para a Reunião Conjunta.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Presidente, se chamássemos uma Sessão Extraordinária agora, não teríamos quórum?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não há necessidade de estar na Sessão Extraordinária ou na Ordinária para fazermos a Reunião Conjunta. Basta termos as Comissões presentes.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: E não temos?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não temos!

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, quais são as Comissões que participam dessa Reunião Conjunta?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): São a CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Nós precisaríamos ter vinte Vereadores aqui no plenário. Isso é lamentável pelo horário! Lamento que os senhores médicos estejam sendo prejudicados; é lamentável!

Está encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA ESPECIAL - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/10 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3205/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/10, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2011.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; ilustres colegas Vereadores que se encontram neste plenário, dirijo-me aos médicos e ao Sindicato Médico do Rio Grande do Sul e quero dizer da minha profunda tristeza pelos colegas, principalmente por aqueles que estavam aqui no plenário, e que, logo em seguida, vão falar que não deram a presença e que passaram, com isso, a prorrogar a situação de dificuldade em que a Cidade se encontra. Eu fico muito triste com a situação, principalmente pela Prefeitura, que fez tanto esforço para avançar nesse sentido, pelo Sindicato, que tanto cedeu para poder chegar a um meio-termo nessa situação e, a partir de então, avançar no Plano de Carreira, Cargos e salários. Agora, essa categoria e esta Prefeitura, em função dessa manobra que ocorreu aqui, manobra legítima, mas uma manobra, sem dúvida nenhuma, que deve trazer na conta desses colegas o fato de não podermos ter hoje aqui a Reunião Conjunta e de, provavelmente, não podermos votar, na semana que vem, o abono dos médicos, postergando e aumentando ainda mais o problema de Saúde que temos em Porto Alegre.

Quero dizer para vocês, telespectadores, que realmente o problema da Saúde na cidade de Porto Alegre não são os profissionais da Saúde que labutam no Município. O problema da Saúde em Porto Alegre inicia com procedimentos como o que nós vimos hoje à tarde, nesta Casa. Ele começa por aí e, sem dúvida nenhuma, se nós não corrigirmos esse tipo de situação, se nós não corrigirmos, com o voto, esse tipo de situação, certamente nós continuaremos a vê-lo ocorrer. Ou seja, votações importantes para a Cidade, votações importantes para as categorias sendo postergadas, e as pessoas, infelizmente, não se mostrarem, não dizerem, realmente, qual é o seu posicionamento lá no Sindicato ou fora dele, e a gente constatar, na prática, que as pessoas têm outra posição. Presidente, sinto profunda tristeza ao constatar esse tipo de situação.

Aproveito o ensejo, neste Tempo de Liderança do PDT, para dizer que o problema que está instalado hoje em Porto Alegre, não se deve, como tenho escutado por aí, aos médicos-residentes. Os médicos-residentes labutam também com muita dificuldade, tanto no Município de Porto Alegre como fora dele. A bolsa de mil e quatrocentos reais, que, conforme a instituição, pode chegar a mil e oitocentos reais, sem dúvida nenhuma não supre a atividade médica por três anos, o que esses profissionais acabam fazendo. Profissionais que, muitas vezes, trabalham nos hospitais por quase oitenta horas por semana. Às vezes, em função do número de vagas para residentes, é um trabalho até desumano.

Quero dizer que essa situação que se coloca nas emergências de Porto Alegre não tem a ver, não passa pelos médicos-residentes desta Cidade. Passa, sim, por uma dificuldade de entendimento de que a Saúde deve ser hierarquizada e deve ter primeiro, segundo e terceiro graus: atendimento básico, secundário e terciário. No momento em que não se tem o atendimento secundário, em que não se tem a consulta especializada, em que não se tem a Unidade de Pronto Atendimento, é como se nós tivéssemos um time de futebol só com zagueiro e centroavante; então, nós precisamos ter o meio de campo. Quero externar aqui o meu pedido de desculpas a esses servidores municipais e aos municipalizados, pelo papel ruim, feio, que, infelizmente, fizeram muitos dos Vereadores. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadoras, colegas Vereadores, eu penso que, quando falta argumento no debate, não dá para fazer demagogia. Em primeiro lugar, o art. 50 do Regimento é bem claro, quando diz que não é preciso estar-se numa Sessão plenária para chamar uma Reunião Conjunta das Comissões; ela pode ser chamada a qualquer momento, a qualquer horário. Então, não seria preciso, naquele momento, em função de que não houve quórum para votação, ser desmarcada a Reunião Conjunta das Comissões. Eu tenho claro que nós teríamos quórum até aquele momento; certamente, agora, não há mais.

Em segundo lugar, eu tenho muita tranquilidade, Dr. Thiago, porque fui parceira do Simers e na luta dos médicos em todos os momentos em Porto Alegre: com a COSMAM, com o Ver. Todeschini, nas lutas, nas manifestações em frente ao Hospital de Clínicas, em frente ao Pronto Socorro de Porto Alegre, quando queriam tirar a insalubridade da categoria; na luta pelo abono, e não só pelo abono, fui parceira de V. Exª na luta pelo Plano de Cargos e Salários. Fui parceira, do início ao fim do seu mandato, para que nós conquistássemos o Plano de Cargos e Salários para o Município de Porto Alegre, para que a gente possa avançar nessa questão.

Nós estamos aqui e gostaríamos que houvesse a Reunião Conjunta das Comissões, como foi articulado; não seria preciso haver quórum para isso. Agora, não dá para dizer que o ônus do atraso do abono para os médicos é dos Vereadores e Vereadoras desta Casa. Nem que a Reunião Conjunta das Comissões tivesse ocorrido, eu aceitaria esse debate, primeiro, porque a folha de pagamento do Município fecha no dia 20 de cada mês; nós estamos no dia 26, e o abono só sairia para o mês que vem. Em segundo lugar, se houve alguém que mandou atrasado o abono foi a Secretaria Municipal da Saúde, foi a Prefeitura Municipal - e houve muita luta por parte dos médicos para que tivessem direito ao abono. Então, se houve negligência com os médicos do Município de Porto Alegre não foi culpa desta Vereadora ou destes Vereadores que estão no plenário até agora e que lutam junto com os médicos, mas foi pela demora da Prefeitura em reconhecer esses profissionais que trabalham duro, como V. Exª, pela melhoria da Saúde. Sabemos que V. Exª trabalha duro, como os que trabalham lá na Saúde Municipal.

Em terceiro lugar, é bom ressaltar que essa nossa luta em defesa da Saúde Municipal passa também por um Plano de Cargos e Salários para todas as profissões da Saúde, que estão com o salário defasado e não conseguem ascender na carreira.

Agora, nós temos que tirar algumas questões que nos parecem fundamentais, uma delas é o apoio de todos os Srs. Vereadores a este Projeto, à sua votação. Podemos fazer a Reunião das Comissões Conjuntas amanhã, já encaminho que se faça a Reunião das Comissões Conjuntas, às 16 horas, e se convoque todos os Vereadores para cumprir a sua função e o seu trabalho regimental, que é votar projetos para a sociedade.

O que eu não aceito - Ver. Dr. Thiago, não encarei assim a sua intervenção - é que seja feita demagogia nesta tribuna, nesta Câmara Municipal - que não penso ser o seu caso -, por alguns Vereadores que consideram imoral e ilegítimo o direito regimental de discussão, e, além disso, distorcem as opiniões contrárias, porque não têm argumentos suficientes para combater na política.

Ninguém nesta Casa, hoje, dia 25 de agosto, disse que estágios são ruins e que estágios não são necessários. Foi dito que os estágios são necessários como aprendizagem para o jovem - não para fazer cafezinho, não para pagar contas para o seu chefe ou substituir função que deveria ser de concursado público -, mas para aprender nos setores, e não como substituição de mão de obra. Sim, é ótimo que os jovens tenham um estágio para seguir aprendendo, é ótimo que tenham uma possibilidade de renda para seguir estudando, mas é melhor ainda terminar o Ensino Médio e fazer concurso público e ter carreira. Melhor ainda é ter carteira assinada e não ter a sua função substituída num trabalho precário, informal, desumano, exploratório, como muitas vezes nós vemos na iniciativa privada e na função pública.

Em terceiro lugar, eu queria reiterar o nosso compromisso com a Saúde Municipal, com a luta pelos hospitais, pelos postos de Saúde e pelos médicos, como fizemos desde o início e faremos até o fim. Amanhã, às 16 horas, vamos fazer uma Reunião das Comissões Conjuntas para votar o abono dos médicos. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Só para fazer um esclarecimento: são vinte e quatro os Srs. Vereadores que compõem as quatro Comissões. E para que houvesse a aprovação, teríamos a necessidade da presença de quinze Vereadores das Comissões em plenário, e nós apenas tínhamos treze Vereadores. Então, que o Sindicato Médico, que o público de Porto Alegre, e todos os que nos assistem, saibam que não houve quórum, hoje, às 16h30min, para que pudéssemos fazer a Reunião Conjunta; e ela não está marcada para amanhã.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra discutir a Pauta Especial.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu não vou precisar falar durante os dez minutos deste período, vou falar apenas durante cinco minutos para não fazer com que o Ver. Bernardino, que foi gentil comigo, espere mais tempo para a sua manifestação.

Temos aqui o Projeto de Lei que cumpre a norma orgânica das Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2011. Na sua apresentação, diz o Prefeito, que tal Projeto foi elaborado em consonância com as prioridades do Orçamento Participativo, com a Lei nº 10.741, de 18 de agosto de 2009, que dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio de 2010 a 2013, e com a Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece as normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Destacam-se, no Projeto, ações voltadas ao equilíbrio das contas públicas, com destaque para o demonstrativo das Metas Fiscais - resultados nominal e primário, e montante da dívida pública - e de Riscos Fiscais. Além disso, constam demonstrativos das Metas das Metas e Prioridades do Executivo e dos Legislativos Municipais, com destaque às ações da Copa de 2014.

Sr. Presidente, este Projeto de Lei que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias, bem declara o Prefeito, trata-se de uma exigência constitucional, e que tal vem a ocorrer nas três esferas da Administração: Federal, Estadual e Municipal. Sr. Presidente, eu tenho, ao longo do tempo, discutido muito sobre o Orçamento geral da Nação, dos Estados e do Município, e tenho dito, sem temor nenhum, em que pese toda essa colocação em que as demandas populares estão agasalhadas, que o Orçamento no Brasil é uma peça de ficção, porque ele não é impositivo; ele é cumprido, se for possível.

Então, para as Diretrizes que aqui se dão, fica condicionado, logo ali adiante, que quando se for fazer a Lei de Meios ou a Lei Orçamentária, haja uma receita capaz de suportar a despesa que vai ser realizada. Essa receita é invariavelmente estimada, porque não se pode prever, com antecedência de dezoito meses ou mais, se efetivamente vai ocorrer o ingresso de recursos no Erário capazes de justificar as despesas que são, sim, fixadas. A Receita se estima, e a Despesa se fixa.

Então, eu observo, aqui, Sr. Presidente, a quantidade de programas que a nossa querida Porto Alegre vai viver: Porto Alegre da Copa de 2014, Programa Vizinhança Segura, Programa Porto do Futuro, Programa Transforma Porto Alegre, Programa Porto da Inclusão, e por aí se vai. São dezenas de programas que se subdividem em várias ações, totalizando, no conjunto, centenas de ações que são aqui previstas e que modelam a ação do Executivo, porque nada que se prevê no Orçamento futuro poderá estar em desacordo com essa modelagem que aqui é feita.

Sr. Presidente, por que insisto nessa colocação? Porque eu tenho dito, repetidamente, que, enquanto não houver, de cima para baixo - desde a disposição constitucional, da Lei Maior, até os Municípios -, um orçamento impositivo, tudo isso aqui é uma bela fantasia. É mais motivo para que existam Tribunais de Contas, Auditorias, etc., com um monte de coisas para controlar, alguma coisa que seria controlada em dois botões. Se a gente soubesse o seguinte: orçado um serviço, ele vai ser realizado; se ele não for realizado, vai ser responsabilizado quem orçou e não o realizou; e isso não ocorre.

Eu vou utilizar os meus outros cinco minutos, Sr. Presidente, porque eu quero...

Não, neste período de Pauta Especial eu tenho dez minutos, e não cinco; V. Exª se equivocou, desculpe. Mas eu não lhe faço essa cobrança, porque eu estou querendo, como toda a Casa, ouvir a Comunicação de Líder do Ver. Bernardino Vendruscolo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Desculpe-me, Ver. Reginaldo; V. Exª teria dez minutos, pois estava falando em Pauta Especial e não em discussão preliminar de Pauta.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, na verdade, nós acabamos assistindo aqui um “sarandeio”, para não dizer um “salseiro”, como nós chamamos na grande Iraí.

Agora, tem razão, Ver. João Antonio Dib, tem razão a Verª Fernanda, quando dizem que o nosso Regimento Interno não proíbe que alguém se omita de dar a presença, mesmo estando presente.

Eu estou fazendo seis anos de Casa, e gostaria de saber, mas acho que nunca vi Vereador deixar de dar presença, quando nós temos as galerias cheias aqui.

Presidente, nós temos um Projeto tramitando aqui há bastante tempo, e a nossa pretensão, Ver. João Antonio Dib, é que o Presidente da Casa possa, de ofício, enfim, prontamente, citar o nome dos Vereadores presentes e registrar a presença. Nós entendemos que há alguns comportamentos que adotamos ao longo dos anos, mas muitas coisas mudaram, e, com certeza, essa defesa, ainda que esteja no nosso Regimento, de que mesmo estando presente não se é obrigado a registrar a presença, não é uma boa prática; parece-me que é uma prática já ultrapassada.

Presidente, veja só, V. Exª colocou na ordem de aprovação de Projetos, e estabeleceu que esses Projetos - Projetos de interesse da Casa - fossem discutidos após os Projetos de interesse - inicialmente -, diga-se de passagem, do Vereador proponente; inicialmente. Se nós tivéssemos posto na linha de frente, inicialmente, os Projetos de proposta coletiva, nós não teríamos passado por essa situação, Presidente. Os Vereadores que tiveram os Projetos de suas autorias votados, foram embora. O Ver. Reginaldo Pujol, que ainda não me entendeu, já está me xingando - eu estou falando em Liderança, senão eu lhe daria um aparte -, mas ele é meu amigo, é meu amigo!

Então, o que eu estou dizendo, Ver. Reginaldo Pujol - se V. Exª me ouvir já vai ficar sabendo do que eu estou falando -, se eu sei que é regimental, sim, o Vereador não é obrigado a registrar sua presença. O Regimento assim lhe garante essa condição, mas nós precisamos enfrentar e propor mudar isso. E a nossa proposta é antiga: que o Presidente da Casa, vendo o Vereador presente, registre sua presença; até porque todos nós estamos aqui em condições de sermos observados pela TVCâmara. A forma atual é uma prática, Ver. João Antonio Dib, que eu respeito - até pela sua experiência -, mas me parece que ela é ultrapassada, ela precisa ser enfrentada; não há como justificar alguém presente não registrando presença. Volto a dizer: o Regimento não proíbe esse comportamento, porque nós ainda não adequamos este Regimento, nessa questão, aos novos tempos. Há uns quinze ou vinte anos, nós tínhamos tantos outros comportamentos que hoje não se admitem, as coisas precisam ser enfrentadas, devem ser modificadas.

Então, Presidente, só quero fazer o registro de que nós acabamos de passar por esta situação por que passamos aqui, porque nós aceitamos a condição de colocar na frente os Projetos de proposição dos Vereadores. Se tivéssemos feito diferente, os Vereadores estariam aqui para votar os Projetos de autoria da Casa. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu gostaria de dizer, não contestando alguém, que o fato de não registrar a presença não é nada irregular; está previsto no Regimento Interno. E, para que não pairem dúvidas sobre as pessoas, o Congresso Nacional faz exatamente a obstrução: impede a votação. E não é porque esteja o plenário cheio que não tenha acontecido de não registrarem a presença. Aconteceu, porque estavam obstruindo. Só que nós não usamos o nome obstrução, mas é isso que é feito!

De qualquer forma, acho que nós deveríamos ter votado o Parecer das Comissões Conjuntas, pois o Ver. Pujol já tem o Parecer. Eu, amanhã pela manhã, pessoalmente vou telefonar para todos os Vereadores das Comissões para que às 15 horas estejam aqui. Nós teremos uma Sessão em homenagem ao Exército, no período de Comunicações, que poderá ser às 14 horas, e, às 15 horas, poderemos convocar a Reunião das Comissões Conjuntas para fazer o Parecer, permitindo, assim, que ele seja votado em tempo oportuno, evidentemente que depois dos Vetos, e nem poderia ser diferente. Mas que seja votado, na próxima semana, o abono encaminhado pelo Executivo para solucionar, em parte, o problema que os médicos estão apresentando para a cidade de Porto Alegre.

Portanto, quero deixar bem claro: obstrução é algo regimental, só que nós não usamos esse nome. Então, a pessoa simplesmente não vota, e a Lei Orgânica do Município diz que, no momento de votação, se ele não votar, é considerado ausente. Não é imoral ele estar presente no plenário, e não dar o seu voto. Ele está só obstruindo; ele não está fazendo nada antirregimental. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Congresso Nacional, no seu Regimento, prevê a figura da obstrução. Um Partido pode se declarar em obstrução e não conta o quórum para isso. Nós não temos essa figura aqui.

Eu tenho algumas colocações. Eu, por exemplo, nunca votei em abstenção. Eu sou um homem de posição: a favor de um, a favor de outro, e assim vou levando. Apesar de a obstrução ser uma prática parlamentar que a gente reconhece, eu acho que ela tem formas de ser realizada. Sinceramente, eu não vou aplaudir a manifestação de obstrução feita no dia de hoje, quando estava sendo anunciado o exame do Projeto de Lei que beneficia os médicos e que é uma tentativa de controlar uma situação que está descontrolada neste momento.

Não se diga que foi por causa do Requerimento da Verª Fernanda Melchionna, porque nós poderíamos tê-lo votado, e pronto! Saem enquanto se vota, e, tão logo está votado, terminada a Ordem do Dia, que voltem. Mas não voltaram! Saíram naquela hora e não voltaram mais. Aí, não é obstrução, aí é saída, pura e simples. Houve um único caso de Vereador que se manteve aqui presente - eu não vou citar o nome -, muito provavelmente porque gostaria de - na hipótese de se encarar o Projeto dos médicos - votar, pois ele tem interesse no Projeto e se manifestou.

Então, vamos combinar o seguinte - e o Presidente inclusive pode fazer um apelo neste sentido -: vamos transformar as reuniões do colégio de Líderes num verdadeiro fórum de priorização. E as coisas que priorizarmos lá, que vamos votar nas quartas-feiras aqui, tem que vir e votar. Por exemplo, o Ver. Dib anuncia que, amanhã, às 15 horas, gostaria que estivessem presentes todos os Vereadores envolvidos nesse assunto, para decidir o que poderíamos ter decidido hoje. Eu, alertado que estou sendo, vou ter que transferir um acerto que eu tinha feito para amanhã, porque, entre 15 horas e 16 horas, depois de estar aqui das 14 horas até 14h45min, eu ia tomar uma atitude. Então, V. Exª tem razão, Presidente: ou nós transformamos esse colégio de Líderes num fórum competente, onde as coisas acertadas e definidas são acolhidas, ou então não vale mais a pena nós combinarmos as coisas aqui na Casa.

Por exemplo, nós acertamos com os candidatos a Deputado, a Senador, a Governador, etc., que só nas quartas-feiras votaríamos, dando liberdade para que, nas segundas, terças e quintas-feiras, eles fossem fazer as suas campanhas, porque está todo mundo fazendo isso. Eu tenho procurado cumprir isso com meus colegas, porque já fui candidato em outras ocasiões e recebi a cobertura de alguns colegas.

Hoje, não houve esse fato. Há alguns companheiros que não compareceram aqui em nenhum momento. E hoje havia Vetos para serem votados, havia situações importantes. Claro que vão dizer que Veto é problema de quem quer derrubar; quem quer manter, não vem, e, com isso, está votando a favor.

Não é o meu caso; eu venho votar. Venho, fico contrariado às vezes; hoje, fiquei muito contrariado com essa história de que da Secretaria de Educação vieram orientações que eu não entendi. Acho que a Casa votou um Projeto pavoroso que não dignifica o nosso passado. Votou um Projeto que é absolutamente inconstitucional e que seguramente o Prefeito vai ter de vetar. E, depois, aqui vão querer que eu trabalhe para agasalhar esse Projeto e agasalhar o Veto do Prefeito.

Então, Presidente, nós estamos chegando ao término desta nossa tarde de hoje, e fica o meu apelo: na segunda-feira, quando nos reunirmos, vamos trabalhar bem essa nossa orientação, em benefício da Casa como um todo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Eu queria reiterar, em nome da Bancada do PDT, o pedido feito pelo Ver. João Dib à Presidência, de que amanhã possamos reunir as Comissões Conjuntas, votar o abono, para tentar minimizar todo esse problema de Saúde.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereador, poderemos votar amanhã, se tivermos quórum. Nós temos que ter quórum para tanto.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, nós reiteramos também o pedido do Ver. João Antonio Dib. Garantimos a presença do PSOL, e nos dispomos a ajudar, inclusive, na convocação das outras Bancadas para que haja a votação do abono.

 

O SR. DJ CASSIÁ (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Solicito a abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. DJ Cassiá. (Pausa.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Estamos em verificação de quórum, Vereador.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Eu quero fazer uma reconsideração ao colega DJ Cassiá, porque nós temos um acordo sobre o conjunto de Lideranças inscritas, e que se mantenham as Lideranças...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Mas, se não houver quórum, não tem como prosseguir. Vamos verificar o quórum.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Eu estou pedindo aqui...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Solicito aos Vereadores que estiverem no plenário que venham.

 

(Obs.: Retirada a fala do Ver. Engenheiro Comassetto, conforme solicitado pelo Vereador.)

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, o Ver. Comassetto não tem autoridade para falar em acordo, porque ele estava em plenário e não registrou a presença para continuarmos a Ordem do Dia. Então, vamos com calma, Sr. Presidente, porque, numa hora, vale o acordo; noutra hora, quebra-se o acordo. Se os acordos forem cumpridos integralmente, certo! Mas com meio acordo aqui, meio acordo ali, sem o acordo do PTB.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, eu estava, sim, em plenário, atendendo às pessoas; havia quinze presentes. Eu estava na minha Comissão, a CUTHAB, inclusive para garantir a Comissão Conjunta, conforme nós tínhamos acordado, e estou inscrito em Liderança. Nós temos um acordo, sim, de Lideranças, e a Liderança do PT sempre deu acordo. Eu quero dizer outra coisa: que o Líder do Governo use a palavra, porque o Projeto do Governo só foi aprovado, quando faltava um voto, porque o PT veio aqui e deu um voto para poder ser aprovado o Projeto. Portanto, o Ver. Nilo Santos não tem moral para falar da direção do PT. Não tem moral! Ele pode falar do PTB; mas do PT, não! Quem manda no PT é o seu colegiado, e quem representa o PT é a sua liderança. Portanto, que cada um coordene o seu Partido. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Está feito o registro. (Após o fechamento do painel eletrônico.) Doze Vereadores presentes. Há quórum.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro, em nome da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, primeiramente eu quero retirar duas palavras da minha manifestação, quando há pouco me dirigia à presidência, porque não concluí a frase, e, incompleta, ficou uma injustiça à presidência. Nesse sentido, quero retirar as palavras que usei no microfone de aparte.

A segunda questão de que quero tratar, é que a Bancada do Partido dos Trabalhadores sempre garantiu quórum para a abertura dos trabalhos e sempre garantiu quórum para votar Projetos importantes, nunca obstruiu pauta, e hoje o Governo só aprovou um Projeto - o Projeto de Lei da gratificação da Fazenda -, porque o Partido dos Trabalhadores deu os votos que faltavam, inclusive votos positivos. Existia uma dúvida muito grande no Projeto, e o Ver. João Antonio Dib empenhou a sua palavra, e o Partido dos Trabalhadores votou hoje na palavra empenhada pelo Ver. João Antonio Dib, diferente do Projeto que estava inscrito.

Portanto, eu quero aqui registrar que as Bancadas que aqui estão, as Bancadas de oposição - falo em nome do PT, do PSB e do PSOL -, sempre, quando vamos à Mesa, garantimos e cumprimos os acordos. E nós somos somente dez dentre os trinta e seis, e não dar presença em algum momento, quando há discordâncias de conteúdo, é manobra regimental, sim, e todas as Bancadas fazem isso. E a Verª Fernanda usou isso na sua fala, hoje, dizendo ser legítimo fazer a discussão regimental, inclusive garantir que os Partidos usem essas questões regimentais. Portanto, não há nenhum problema. Tenho acordo pleno com o Ver. João Antonio Dib.

Eu também queria falar sobre outro tema, já que nós estamos falando de conjuntura, de gestão. É o tema referente à questão que as pesquisas todas apontam. Eu disse, na última Sessão, que o Presidente Lula tinha 94% de aprovação, mas saiu uma outra pesquisa, ontem, que eleva esse nível de aprovação para 95%. Eu, como Liderança do meu Partido, não posso furtar-me de trazer esta discussão, e por quê? Porque nós temos alguns comparativos, inclusive dos períodos. Pode ser que o Governo Lula não seja tudo aquilo que muitos dos senhores e das senhoras esperavam, mas é o máximo que já se construiu neste País e é o diferencial das últimas décadas.

Vejam só: o risco-país, no período do Governo Fernando Henrique Cardoso, era de 2.700 pontos; no Governo Lula, baixou para 200 pontos. O salário mínimo, no tempo do Fernando Henrique, era de 78 dólares; agora, já passamos dos 300 dólares. O dólar valia em torno de R$ 3,50; hoje, está na média de R$ 1,70. A dívida com o FMI não mudou, só se pagavam juros; no Governo Lula, foi liquidada, e, inclusive, foi emprestado dinheiro para o FMI, com regras que o Brasil impôs ao Fundo Monetário Internacional. A indústria naval estava falida; só para o Rio Grande do Sul vieram, para o Porto de Rio Grande, trinta e sete bilhões, para que se fizesse toda a construção naval. Foram construídas quatorze universidades novas; quarenta e três extensões universitárias, e mais duzentas e quatorze Escolas Técnicas Federais - em todo o período da história republicana tinham sido feitas somente cento e quarenta Escolas Técnicas Federais.

Então, esses números apresentam o diferencial, Ver. Cecchim. Trinta e quatro milhões de brasileiros saíram da linha da miséria e ingressaram na linha de quê? Do mercado. Isso tem girado a economia interna e, dentro dela, os projetos habitacionais.

Quero registrar aqui que este é o diferencial, e este é um debate que não vamos nos furtar de fazer. Um grande abraço em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, sempre construindo a política em Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Muito obrigado, Sr. Presidente. Nós recebemos, aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre, a LDO, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o período de 2011. Essas Diretrizes Orçamentárias apontam as grandes metas e os grandes projetos para serem aprovados. Quando recebemos, para discutir, um projeto que diz respeito ao Orçamento, obviamente que temos que analisar o Orçamento do ano vigente ou dos últimos anos. Quero fazer uma referência, até porque mudou o Gestor Público Municipal: a era Fogaça acabou em Porto Alegre, e se inicia a Gestão Fortunati. O balanço do Governo Fogaça, no que diz respeito à questão dos Orçamentos, foi muito ruim para Porto Alegre, pois houve um péssimo desempenho.

Eu comparava, há pouco, o Governo Fernando Henrique Cardoso com o Governo Lula. Eu quero comparar, agora, alguns dados da Administração Popular com a Administração Fogaça. Vejam só: a média de execução dos investimentos, entre 2005 e 2009, foi somente 38% do previsto no Orçamento anual. Portanto, de tudo que nós aprovamos na Lei de Diretrizes Orçamentárias - de que chega um novo Projeto aqui nesta Câmara -, e depois aprovamos no Orçamento, a Gestão Fogaça realizou somente 38%, ou seja, um pouquinho mais do que um terço do recurso aprovado. A taxa média de investimentos, entre 2005 e 2008, foi de 5,8% do Orçamento aprovado em relação às despesas totais da Prefeitura Municipal. A taxa média de investimentos, de 1998 a 2004 - um período equivalente ao da Administração Popular -, foi de 10%, 4,2% superior em recursos líquidos de investimentos aos do período Fogaça. Essa média, para se ter uma noção de grandeza, de 2005 a 2008, foi de cento e cinquenta e sete milhões de reais anuais; a média de investimento anual, entre 1998 e 2004, foi de cento e noventa e sete milhões de reais. E aqui temos que computar, obviamente, a inflação. Podemos comparar que o investimento da Administração Popular, em números reais, foi, nada mais, nada menos, do que quarenta milhões de reais superiores à média do período Fogaça. E aqui não estão incluídos os milhões de recursos que são passados pelo Governo Federal - leia-se Governo Lula - para o Município de Porto Alegre, entre eles os quinhentos e oitenta milhões de reais para o Socioambiental.

Há vinte dias, o Presidente Lula esteve aqui e assinou mais quatrocentos e oitenta e seis milhões de reais para os projetos da Copa; vinte e sete milhões de reais para a drenagem urbana da Cidade, e assim por diante.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre, Ver. Engenheiro Comassetto, eu ouço V. Exª com muita atenção. Para que se realizem investimentos, nós temos uma rubrica chamada Receitas de Capital. Receitas de Capital são feitas com empréstimos, que nós, na administração Fogaça, ficamos impedidos de fazer, nos primeiros anos, em razão do não pagamento das responsabilidades que tinha o PT. E o Prefeito Fogaça, na sua primeira semana de Governo, pagou cinco milhões de reais para o BIRD. E, se não tem, não pode fazer empréstimos! Agora, V. Exª fala em um bilhão de reais; mas é o povo de Porto Alegre que paga, não é o Governo Federal que dá, é o orçamento de Porto Alegre que vai pagar esse um bilhão de reais para o Pisa e para as obras previstas para a Copa. Isso tudo é bom para a Cidade, mas é porque a Prefeitura tem capacidade de endividamento e tem crédito, o que é muito importante. Ela não tinha crédito quando o Fogaça assumiu.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. João Antonio Dib, eu costumo dizer que fazer propaganda de uma administração, a gestão Fogaça soube fazer muito bem, porque aumentou, e muito, os valores aplicados na publicidade. Nos anos de 2003 e 2004, o gasto médio com publicidade, na nossa gestão, foi de sete e meio milhões de reais. Nos anos de 2005 e 2009, o gasto médio anual com publicidade do Governo Fogaça foi de onze e meio milhões de reais, portanto, quatro milhões de reais a mais. E uma das questões que tentou vender à Cidade é que tinha saneado a Prefeitura. Eu costumo dizer, quando a Prefeitura fez publicidade para dizer que a Prefeitura estava no azul: o caixa da Prefeitura esteve no azul, mas a população, a saúde, o transporte, a habitação e a educação estão no vermelho. Por exemplo, a Saúde nunca esteve tão no vermelho como está hoje no Município de Porto Alegre. Portanto, a Administração Popular nunca deixou de ter crédito, inclusive internacional, e fez todos esses financiamentos. Na Comissão do Senado sempre teve autorização para captar os recursos, fossem do Fonplata, do BID, do Banco Interamericano ou do Banco Latino Americano. Sempre teve autorização expressa da Comissão de Finanças do Senado Federal, que é quem determina isso.

Portanto, é uma forma de gerenciar e uma forma de dizer. O Governo Fogaça, assim como a sua aliada no Governo do Estado, a Governadora Yeda Crusius, disseram: “Nós estamos no azul e temos déficit zero”. Mas os problemas sociais ficaram no vermelho; a Saúde ficou no vermelho; a Educação ficou no vermelho; a infraestrutura da Cidade ficou no vermelho. Eu o desafio aqui, Ver. João Antonio Dib, para o senhor me dizer qual a estrada construída na gestão Fogaça, que teve a sua pavimentação interrompida, por exemplo, pela Administração Popular.

Estão aqui, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que volta a esta Casa, os programas... A SMOV foi destruída; as oficinas da SMOV não têm mais uma máquina hoje, porque elas foram “canibalizadas”, foram destruídas as máquinas e não foram repostas. Eu faço aqui um desafio: podemos sair em comitiva, agora, ir à Restinga para averiguar o que aconteceu com as máquinas da SMOV que estavam lá. Foram “canibalizadas”, ou seja, tiraram as peças de umas para colocar nas outras. E as estradas são só buracos.

Os pequenos produtores da cidade de Porto Alegre não conseguem mais escoar suas produções pela falta de condições e de planejamento que não existe nas estradas municipais de Porto Alegre. Responsabilidade de quem? Da gestão Fogaça, que destruiu uma política de gestão de estradas que existia, não apresentou nada novo e sucateou todas as máquinas. Inclusive, está aqui na LDO, como novas diretrizes do desenvolvimento econômico, como no Programa Cidade Inovadora e a Cidade Integrada.

Há o item cinco, que na definição das prioridades que foi decidido pelo Orçamento, chama-se pavimentação. Falando em pavimentação, nós podemos pegar, por exemplo, o Beco da Vitória, em que faltam cento e cinquenta metros para ter a pavimentação concluída, mas há seis anos dizem que vão pavimentar e não pavimentam. Ou podemos pegar, no Morro da Conceição, a Rua João Pinto, que tem um acordo de toda região do Orçamento do Partenon, destinando para lá um milhão e oitenta e seis mil. Inclusive, o Ver. Nelcir Tessaro, quando era Secretário, comprometeu-se de que, até 2007, seria pavimentada aquela obra, e até hoje não foi. E a comunidade está aguardando, fazendo reunião. O Toni Proença, que hoje é Vereador, fez inúmeras reuniões em nome da Governança Local e construiu os acordos, na época, para que as Secretarias executassem essas obras. Quais as Secretarias que deveriam executar? DEMHAB e SMOV. Não executaram até hoje. Isso é não cumprir uma legislação que nós estamos aprovando. É isso que nós temos que discutir aqui; não só aprovar, como ver os resultados da sua efetivação.

Portanto, a análise que faço da primeira discussão de Pauta Especial da LDO, é o que nós aprovamos como Lei, que é teórica, mas nós queremos prática: a execução dos serviços de que a Cidade precisa. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, Ver. Engenheiro Comassetto, eu ouvi o seu pronunciamento com muita atenção, e quero dizer a V. Exª que é muito fácil empurrar a sujeira para debaixo do tapete.

Quero dizer, primeiro, que eu não tenho dificuldade nenhuma para falar das coisas boas do Governo Lula. De nenhum Governo! Desde que o benefício venha para a sociedade, não me interessa o Partido, não me interessa o Governo. Agora, também não se pode aceitar, Ver. Engenheiro Comassetto, que tudo nesta Cidade seja ruim. Esta Cidade em que vivo, em que o senhor vive, esta Cidade que me acolheu - eu vim para cá com dez anos de idade - me deu oportunidade de chegar onde cheguei.

Ora, Ver. Engenheiro Comassetto, se esta Cidade é tão ruim, vamos nos mudar para uma cidade melhor. Se esta não é a Cidade das oportunidades, vamos tomar o rumo para uma outra cidade! Na questão da Saúde, eu concordo com o senhor; a Saúde está um caos, mas no Brasil todo!

Inclusive, Ver. Engenheiro Comassetto, quero dizer ao senhor que a Saúde está um caos até na área particular. Até na área particular! Você fica de quatro, cinco, seis horas para ser atendido, mesmo quando você tem aquele cartãozinho particular. Mas isso não justifica, Ver. Comassetto, isso não justifica, de forma alguma! Agora, quero dizer ao senhor, Ver. Comassetto... Eu gostaria que o senhor, por gentileza, prestasse atenção, pois eu prestei atenção, o tempo todo, no seu pronunciamento, e ouvi que, com fundamento, o senhor levantou todas essas questões; então eu peço a sua atenção, por gentileza: eu quero aqui pedir o apoio ao senhor, como Líder que é da Bancada do PT, Partido pelo qual tenho grande respeito. O senhor falou aqui na aprovação do Presidente Lula: 95%! Não é por acaso. Não é por acaso! O senhor falou que o Presidente Lula pode salvar uma criança que esteja caindo do 15º andar... Então, ajude-me a salvar uma parte das crianças que estão lá na Vila Bom Jesus! Cadê o Território da Paz? Passou-se um ano, Ver. Comassetto - um ano! -, de quando o Presidente Lula foi lá, reuniu a comunidade, fez a maior festa, dizendo que, em um ano, voltaria para jogar futebol com aquelas crianças carentes! Está tudo lá, Ver. Comassetto; ajude-me, pelo amor de Deus: é lama, é grama... Está da mesma forma! Pelo amor de Deus, Ver. Comassetto, se há coisas erradas, vamos nos unir. Vamos nos unir! Só com união, Ver. Comassetto, podemos resolver os problemas da sociedade. E aqui se devem esquecer as bandeiras políticas e os Partidos; o nosso povo precisa é de unidade, não que só se venha falar do que é ruim. Eu quero dizer para o senhor, Ver. Comassetto, que admiro o Governo Lula - admiro muito -, mas admiro também o Governo que foi de José Fogaça. Eu defendo a bandeira da Educação e da Cultura. Aliás, de Cultura, neste Brasil, ninguém fala; eu não vejo sequer uma placa da Petrobras, lá na favela, lá nas comunidades, patrocinando um evento cultural, não vejo! E o nosso dinheiro vai lá para o Governo Federal! Em termos de Educação Infantil, o Governo Fogaça fez revolução, Ver. Comassetto, e o senhor sabe disso. Assim como o Presidente Lula tem investido nas escolas técnicas, o que eu tenho que aplaudir. Agora, eu vou concluir, Ver. Engenheiro Comassetto, pedindo o apoio de V. Exª e da sua Bancada, para que o Território da Paz, lá na Vila Bom Jesus, seja concluído, que não fique no discurso como está até hoje, com lama, mato, e as crianças sendo adotadas pelo tráfico, e sendo abandonas.

Ver. Comassetto: “Eu só quero ser feliz, andar tranquilamente na favela onde nasci”! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Bernardino Vendruscolo, grande irmão; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu falava amistosamente, amigavelmente, com o Ver. Engenheiro Comassetto, e colocava a ele que é importante que tenhamos grande atenção à Lei Eleitoral. Assim como nós não podemos aqui, através dos meios de comunicações... E o pessoal da imprensa tem sido muito atento a isso... Hoje no meu gabinete, eles foram colher o meu depoimento, em função da reunião da Comissão de Saúde, de ontem, e colocavam: “cuidado ao mencionar nomes de candidatos”. A Lei tem sido muito prodigiosa nesse sentido, então, como nós não podemos nominar para o bem, como se diz lá no Lami, as pessoas, nós não podemos nominar para o mal, também. E o Ver. Engenheiro Comassetto citou pelo menos vinte vezes, que eu contei, o Prefeito José Fogaça.

Mas eu não vou falar o que o ex-Ministro da Justiça Tarso Genro não fez; eu não vou falar. Eu não vou dizer que ele não cuidou das fronteiras. Não vou dizer que ele não combateu adequadamente o narcotráfico. Não vou dizer que nunca se viu na história deste País, como costuma dizer o nosso Presidente Lula, um avançar tão grande da drogadição como agora, Ver. DJ Cassiá, mas eu não vou dizer isso.

 

O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte. Quero dizer que não fiz aqui nenhuma apologia eleitoral, porque estamos tratando da LDO, que é comparar um período com outro, e eu estava comparando, sim, o período do ex-Prefeito Fogaça. Aí, não há nenhum problema com o período de agora. Com relação ao ex-Prefeito Tarso, bom, se o senhor quiser comparar a gestão anterior dele, pode comparar; agora, a do Ministério, o senhor não pode.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: É o que vamos fazer. Então, eu queria me dirigir para exatamente dizer que o foi feito na gestão Fogaça, criticada pelo Ver. Comassetto, no que ele tem boa parcela de razão, porque não se consegue reconstruir uma cidade em oito anos, depois de uma gestão de quase vinte anos.

Mas eu queria dizer que, ao contrário do Prefeito Tarso - e quem é médico do Município, quem é funcionário do Município lembra disto -, o Prefeito Fogaça pacificou as relações dentro das Unidades de Saúde, dentro dos postos de saúde. Ele tranquilizou os médicos que se sentiam perseguidos. E os meus colegas médicos, que estão me ouvindo neste momento, sabem do que estou falando, ou seja, ele não menosprezou profissionais e acreditou nos municipários. Não se pôde avançar na questão do Plano de Carreira e de Cargos e Salários o que está se tentando agora. Não se pôde avançar com relação aos médicos, nem com o abono, no que está se tentando avançar agora, e que esta Casa - perdoem-me, mais uma vez, os médicos que me ouvem - bloqueou. Não se pôde, mas agora poderemos.

Então, eu pincei algumas palavras que foram ditas aqui, que foram muito importantes e muito bem colocadas. Nós nunca ouvimos Vereadores deixarem de dar as presenças com as galerias cheias. Por isso, eu convoco os médicos que não têm atividade amanhã à tarde, faço um apelo ao Sindicato Médico, no sentido de que venham para estas galerias. A Diretoria do Sindicato Médico já visitou cada um desses Vereadores, já fez reunião, mas, infelizmente, a primeira regra que aprendi nesta Casa - de que acordo se cumpre -, hoje, infelizmente, não ocorreu. Quero dizer que tudo isso está no esteio de uma Cidade que está próxima ao colapso na Saúde. Quero dizer que tudo isso está no esteio de um hospital que presta serviços importantes à Cidade, como o Grupo Hospitalar Conceição, que deveria ter cinquenta, sessenta pessoas na sua emergência, mas tem duzentos e vinte. Quero dizer que não é culpa dos profissionais que trabalham lá. A culpa é compartilhada entre os Governos Municipal, Estadual e Federal; eu acho que é dos três, não quero debater essa matéria. Acho que essa matéria tem que ser olhada e analisada pela população que nos ouve, mas, sem dúvida nenhuma, a culpa não é dos profissionais que lá trabalham. Então, se os residentes, se a paralisação dos residentes está sendo nominada como um problema da Saúde em Porto Alegre, ela não é, cidadão, ela não é! Porque existe, em Porto Alegre, só um serviço de residência para atendimento de urgência. Então, não justifiquem dessa forma! Suspender as cirurgias por vinte e quatro ou quarenta e oito horas não resolve o problema também, porque muitos desses hospitais só fazem cirurgia eletiva, e esse leito é especializado e não vai ser ocupado pelo paciente que está na emergência. Esse leito de CTI, esse leito de sala de recuperação não vai ser utilizado. Eu quero dizer que o que falta é o meio-campo, como já falei aqui antes. Não adianta só ter zagueiro e centroavante; tem que ter a média complexidade, a consulta especializada, a Unidade de Pronto Atendimento.

Reitero, aqui, a minha posição, eu não mudo de posição! Quando a gente coloca uma posição por critérios técnicos basicamente, a gente não muda de posição.

Eu coloquei aqui, e, antes de vir para esta Casa Legislativa, eu já dizia que o Hospital Parque Belém tem que receber uma Unidade de Pronto Atendimento, sim! Isso fará com que esse Hospital, com o serviço de ortopedia que tem, com o serviço de neurocirurgia que tem, possa se tornar o hospital de pronto-socorro da Zona Sul. Quem não entende isso, realmente presta um desserviço para Saúde de Porto Alegre. Isso já foi discutido, exaustivamente, com as comunidades do entorno. Falo da comunidade da Glória, da Vila Cruzeiro, do Cristal, de Ipanema, da Tristeza, da Vila Nova, do Lami, de Belém Novo, do Lageado, da Restinga. Esse Hospital tem competência e destino, sim, para ser o hospital de pronto-socorro da Zona Sul.

Finalmente, quero falar do nosso singelo Projeto que tramita aqui na Casa, que hoje vem para a sua 1ª Sessão de Pauta. Peço a todos os colegas carinho com esse Projeto, porque ele pensa a questão da drogadição, Ver. DJ Cassiá, o senhor que é um entusiasta dessa matéria da defesa das vidas contra aqueles que acabam deteriorando essas vidas, que se impõem pelo tráfico.

Esse Projeto, que é singelo, propõe que tenhamos um Centro Integrado de Combate à Drogadição, que a gente possa articular todas essas ações, sem o personalismo de alguém especificamente, seja quem for, mas com a contribuição de todos e de todas as Secretarias. Que possamos constituir, sim, na transversalidade, nos princípios do SUS, na acessibilidade, na universalidade, um grande Centro Integrado de Combate à Drogadição. Esse Centro não precisa ser grande em tamanho, mas precisa ser grande na sua capacidade de resolubilidade, na sua capacidade de prevenir a questão da drogadição, porque, sem dúvida nenhuma, a prevenção é a grande saída. Mas só se faz isso com técnica, com conteúdo, com estudo e com profissionais da Saúde, porque eles são o início da resolução do problema da Saúde em Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Está encerrado o período de Pauta Especial.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1960/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 084/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que institui o Centro Integrado de Combate às Drogas – CICD.

 

PROC. Nº 3107/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 150/10, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Eloema de Oliveira Barcelos o logradouro público não cadastrado conhecido como Rua Três – Conjunto Residencial Alto Petrópolis.

 

PROC. Nº 3158/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 023/10, de autoria da Mesa Diretora, que altera o § 3º do art. 227 e o caput do art. 227-B da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre o registro da presença dos vereadores durante as sessões e efetuando adequação técnica acerca de remissão a dispositivo.

 

PROC. Nº 3204/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 027/10, que altera a Lei nº 10.741, de 18 de agosto de 2009, que dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2010-2013 e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, para cumprir o Regimento, eu me inscrevi em Pauta, para que nós possamos vencê-la, e não vou usar nem os cinco minutos. Eu queria fazer aqui um registro importante, Ver. Dr. Thiago e Ver. DJ Cassiá, que estão presentes e são dois que militam no combate - como todos nós fazemos - ao consumo de drogas, principalmente à drogadição dos nossos jovens nas periferias de Porto Alegre.

Quando o Prefeito Fortunati veio, na sexta-feira passada, entregar a LDO de 2011 a esta Casa, ele fez um registro importante, interessante, de que, pela primeira vez, nas prioridades eleitas pelas assembleias do Orçamento Participativo, tinha ficado registrado como primeira prioridade a habitação popular. Isso é importante, porque mostra que a população passou a crer na possibilidade de o Município encaminhar uma solução para os problemas não só de habitação, mas de regularização fundiária, de reassentamento de famílias e a regularização de áreas. Nós temos, em Porto Alegre, mais de setecentas ocupações irregulares. O Governo está fazendo um esforço muito grande, com a parceria da Caixa Econômica Federal, não só para construir novas unidades habitacionais, mas, também, para regularizar esses assentamentos irregulares, e faz isso através da Gerência de Regularização de Loteamentos.

O que mais me chamou a atenção na manifestação do Prefeito Fortunati, foi que a segunda prioridade, Ver. Dr. Thiago, é a Assistência Social. Sabem por quê? Porque o povo, a sabedoria popular percebeu que existe uma só ferramenta, no momento, disponível às comunidades que estão lutando e militando contra a epidemia do crack principalmente, que é o SASE, os convênios do SASE que são feitos entre a Prefeitura Municipal, através da FASC, e as entidades nas comunidades. E, ao perceberem isso, se mobilizaram e fizeram valer a sua mobilização e a sua sabedoria popular para eleger, como segunda prioridade, a Assistência Social, Ver. Cecchim.

Então, a Prefeitura vai militar nessa direção, ao longo de 2011, estabelecendo políticas públicas, reforçando as ferramentas já existentes, fortalecendo os laços com as comunidades na busca de prevenir e de combater a drogadição dos nossos jovens, dos nossos adolescentes em Porto Alegre. Essa é uma epidemia nacional, e recebe o enfrentamento de todas as instâncias de Governo, de todas as organizações sociais e a mobilização da comunidade. Portanto, é louvável quando a comunidade percebe a sua força, se organiza e participa para, junto com os governos, combater essa epidemia. Acho que só isso não resolve o problema, mas já encaminha um pouco de solução, principalmente na prevenção e no combate à drogadição. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Ver. Idenir Cecchim, visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

(Encerra-se a Sessão às 17h49min.)

 

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